Todos nós nos perguntamos um dia quem somos, duvidas permeiam a cabeça e perguntas intrigantes sempre nos vêm. Alguns respondem teologicamente, filosoficamente, tecnicamente e tentam de várias formas explicar questões que ninguém.
Chamam-me Marcos, por decisão de meu pai (in memória).
Amo a vida, amo ler, escrever, amo viver a vida como ela é, amo os desafios e enfrentamentos que ela proporciona a todos, amo musica e desse lado sou bem eclético, vou de bossa nova, mpb, sertanejo, gospel, e tantos outros estilos que há.
Já me decepcionei com a vida, já errei, pequei (naquilo que chamam de padrão moral para a igreja), já fiz muita coisa que não deveria fazer, mas fiz, e agora não dá para chorar o leite derramado. Gosto de ficar sozinho prefiro até, pois dá para fazer reflexões das mais diversas, e prefiro a solidão à multidão.
Hoje sou de poucos amigos e de muitos camaradas, colegas, colegas de ministério com os quais não tenho menor afinidade e prefiro assim, pois muitos são amigos da onça mesmo, então melhor só do que mal acompanhado.
Hoje em dia detesto os holofotes, fama e estar no centro das atenções, prefiro ser como João, o Batista, que muito pouco gostava de estar entre a multidão e preferia o deserto a grande cidade e badalação. Prefiro o anonimato mesmo, não que tenha sido assim a vida toda, pois gostava de pompa e mais um pouco. Mas resolvi mudar de vida, dar mais valor as coisas que muita gente não dá. Não quero ser alguém que deixe seu nome nos anais da historia secular, eclesiástica ou em qualquer outro lugar que dê fama, louvor ou qualquer coisa parecida.
Não quero saber de badalação acerca do meu nome, não quero festas sobre mim, que fale de mim, prefiro mesmo ser servo, e até onde hoje estou pastor o pessoal já sabe disso, que não quero de forma nenhuma nada, e que façam nada, pois sirvo pelo prazer de servo, mas sou obrigado a nada e não gosto de obrigado a nada, pois se algum dia fizer algo obrigado, simplesmente não faço, pois é obrigação e não gosto disso.
Quero viver uma vida modesta, sem ter hora para acordar, e às vezes quero não fazer nada mesmo, nem trabalhar quero, e por conta disto me sinto o mais humano dos seres, e o simples prazer de dizer que dói alguma coisa me faz feliz, pois assim não me sinto como um semideus como muitos reles mortais se sentem.
Gosto de pensar na vida após a morte, pois muitos tentam explicá-la, mas é só teoria por que ninguém que voltou de lá dá uma explicação plausível, e ninguém até agora desvendou que mistério é a morte, e o único que a derrotou foi Jesus, já tentaram explicar, como disse é só teoria teológica, técnica etc...
Amar minha família, filhos dos quais sou apaixonado, e aceitar as pessoas como elas são como compôs o Sergio Brito, autor da musica Epitáfio, dos Titãs.Amar e não querer nada em troca, deitar sem medo de acordar, acompanhar o crescer dos filhos, e envelhecer, se envelhecer com dignidade, aceitando a terceira idade como a melhor fase da vida.
Lógico que me preocupo com o futuro, no entanto estou realizando um antigo sonho de ser formado em Letras, e já estou no quarto semestre e dentro de anos, serei formado, não para ser professor, não é esse o meu objetivo e também não quero virar um besta corrigindo a fala de tudo e de todos, pois cada um tem seu jeito de ser.
Quanto ao ministério pastoral, já fui mais empolgado hoje estou convencido de que estou pastor, e tudo tem um tempo determinado por Deus para todas as coisas debaixo do céu, e pode estar chegando a hora de parar e quando parar não lamentar , pois tudo tem um propósito debaixo do céu.
Enfim não quero o estrelato, não quero a fama , não quero a presidência de nenhuma igreja, não quero absolutamente nada que não siga o curso da vida e que Deus queira para ela.
N’Ele o autor da vida;
Marcos Serafim Silva.