POR PR. RENATO VARGENS |
Por
esses dias eu estive pensando na grande quantidade de pastores que foram
feridos na batalha.
Na
verdade, um número considerável de ministros do evangelho, abandonam o
ministério pastoral, devido às lutas, pecados, fracassos e dificuldades das
mais variadas possíveis. Seria irresponsável da minha parte culpar a igreja por
todos aqueles que se arrebentaram no ministério, todavia, estou convicto que muitos pastores adoeceram emocionalmente
devido a dureza de suas igrejas.
Lamentavelmente algumas igrejas tratam os seus pastores como empregados,
em alguns casos, como escravos, não valorizando suas famílias, nem tampouco
respeitando suas lutas e necessidades pessoais. Para piorar a situação, os
membros de nossas comunidades locais exigem de seus pastores atitudes de
perfeição não permitindo que estes manifestem suas dores angustias e
limitações. Junta-se a isso o fato de que uma grande quantidade de pastores tem
sido vitimados pela depressão, o que torna as suas vidas e de suas famílias um
verdadeiro inferno existencial.
O meu amigo Juan de Paula escreveu nessa manhã um texto extremamente
interessante o qual reproduzo abaixo:
"Na guerra, quando um militar é atingido, ele deve ser carregado
pelos amigos e irmãos de farda e não considerado peso morto no cumprimento da missão.
Na batalha espiritual travada na peregrinação cristã, o pastor ferido não deve
ser considerado PESO MORTO pelos seus colegas de ministério mas carregado nos
ombros pelos seus irmãos na fé que também são homens de Deus."
Caro leitor, perfeito não é verdade? Por acaso que você já se deu conta que a Igreja é implacável? Já percebeu que ela exige de seus "heróis" perfeição ILIMITADA? Pois é, o pastor enquanto está na ativa, servindo, cuidando, pastoreando ele é perfeito e amado, todavia, se cai doente, vive lutas na família ou comete o desatino de pecar, este está perdido não é mesmo?
Prezado amigo, tomo emprestado às palavras do pastor Juan que nos exorta
a não considerarmos os pastores que se feriram na batalha como peso morto,
antes pelo contrário, os coloquemos em nossos ombros, ajudando-os a caminhar,
bem como enfrentar as batalhas da vida.
Agindo assim, tenho certeza, glorificaremos a Cristo nosso Senhor.
Pense nisso!
Renato Vargens