Serie Mulheres

Bila – Exemplo de infidelidade, traumas e curas

Texto Base

E ela disse: Eis aqui minha serva Bila; coabita com ela, para que dê à luz sobre meus joelhos, e eu assim receba filhos por ela.
Assim lhe deu a Bila, sua serva, por mulher; e Jacó a possuiu.
E concebeu Bila, e deu a Jacó um filho.
E Bila, serva de Raquel, concebeu outra vez, e deu a Jacó o segundo filho. (Genesis 30.3,4, 5,7)
E aconteceu que, habitando Israel naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israel o soube. E eram doze os filhos de Jacó. (Genesis 35.22)


Introdução

Bila (em hebraico: בִּלְהָה, transl. Bilah, no hebraico tiberiano Bilhāh, "hesitante", "tímida") foi, de acordo com o Livro de Gênesis, uma das servas de Labão, que ele ofereceu à sua filha Raquel, para ser sua serva, por altura do seu casamento com Jacó. (Gênesis 29:29)
Isso se passou em Padã-Arã, situada na região do planalto setentrional da Mesopotâmia. Bila ainda era menina quando foi dada a Raquel como serva. Bila, porém deixou a condição de ser seva ao se deitar com Jacó na permissão de Raquel, passando então a ser também uma das esposas de Jacó. Raquel, com o passar do tempo, mostrou ser estéril, ela deu Bila a Jacó como concubina, para que, por meio de sua serva, Raquel pudesse ter filhos, assim como Sara, esposa de Abraão, o havia feito. (Gênesis 16:2)
Depois da morte de Raquel, os servos de Jacó retiraram a sua cama da tenda onde dormia todas as noites na companhia de sua esposa preferida, Raquel, e colocaram na tenda de Bila, acreditando que seria a vontade de Raquel por se mostrar ser muito afetiva a Bila, mas Jacó não quis dormir na tenda de Bila e de nenhuma de suas outras esposas; Jacó preferiu dormir sozinho na cama de sua saudosa amada, se consolando de sua grande dor e melancolia na perda de seu único e verdadeiro amor. Rubén, o filho primogênito de Jacó e Lia, porém percebeu a rejeição de seu pai a suas esposas com seu luto longo e infinito e então despertou desejos por Bila, esposa mais nova e mais formosa de seu pai, depois de Raquel. Numa certa noite, Rúben astuciosamente entrou na tenda de Bila se passando por Jacó, e se deitou com ela, mas logo pela manha seu pai já havia descoberto a farsa, e Rúbem perde o direito de ter uma herança em dobro quando ele é acusado de adultério com Bila (veja Gênesis. 35:22, 49:3,4; Deuteronômio. 21:17).
A bíblia não fala muito a respeito desse caso em particular embora nos sirva de alerta para que tais atos não aconteçam nesses dias principalmente no ambiente chamado cristão.
O padrão que a mídia ensina sobre esta questão, e que isso é normal e que todo mundo faz, mas vale lembrar que não somos todo mundo somos a geração eleita, povo adquirido, sacerdócio real, nação santa, e muito pouco importa o que a mídia diz a esse respeito.
Infelizmente, hoje estamos encontrando muitos “crentes sem compromisso”, não falo isso apenas em relação ao casamento, mais sobre a falta de mulheres realmente comprometidas com a palavra de Deus, com seu propósito, com seu querer… Infelizmente o “Sem compromisso” do casamento se tornou apenas um “Sem compromisso” de um coração com Cristo…
Vivemos em um mundo em que os valores morais são, a cada dia , deixados de lado. Imoralidade, sensualidade, futilidade são coisas extremamente difundidas pela mídia e tem cristão aí que se julga tão esperto, mas que acaba por acreditar em tudo que lhe é oferecido.
O meu intuito com esse texto é que nós nos apercebamos que existe uma manipulação satânica através dos conceitos da mídia, as novelas que constantemente ensinam os modelos mais sórdidos e sutis de como cometer adultério, fornicação e prostituição em geral, quem permite isso dentro de sua casa está chamando Satanás para ser introduzido nela.
O grave problema desse ato são as conseqüências que abordaremos agora:

(1)   Traição é sinônimo de quebra de um pacto

"A traição supõe uma covardia e uma depravação detestável."
(Barão de Holbach
)

“Mas àquele que comete adultério falta entendimento; arruína sua alma o que faz tal coisa” (Provérbios 6:32). Essa é apenas uma das inúmeras passagens bíblicas que alertam sobre as conseqüências de uma traição. “Quando um casamento acaba por causa de um adultério, os filhos saem marcado, o cônjuge traído também. Se for cristão, o Evangelho é envergonhado e as perdas são irreparáveis. Nenhuma outra dor é maior. A traição é uma flecha que atravessa a alma”, declara o pastor Josué Gonçalves, terapeuta familiar e pastor sênior do Ministério Família Debaixo da Graça, da Assembléia de Deus em Bragança Paulista, São Paulo.
Traição é sinônimo de quebra de um pacto. Um pacto de amor entre duas pessoas, que por algum motivo, se rompeu por tentações carnais ou sentimentais. E não há uma regra sobre o que é "muita traição" e do que é "pouca".
Mas, ser vítima de uma traição não implica necessariamente o fim de um relacionamento. Especialistas recomendam que a pessoa que enfrenta uma infidelidade, espere passar a raiva, que é a primeira reação das vítimas desse problema, antes de decidir sobre qualquer coisa. É preciso conversar depois que a cabeça estiver fria. Em muitas traições, o problema acontece devido a uma insatisfação na relação e pode servir como um incentivo e um começo para melhorias no relacionamento amoroso. Se ambos os parceiros resolverem continuarem juntos, o momento é para reavaliar o que está bom e o que precisa melhorar na relação. Muitas vezes, uma traição até ajuda a levantar a rotina do casal, já que a pessoa traída repensa sobre as suas atitudes e investe em seu parceiro (a). Bila tinha com Jacó dois filhos e, com isso, laços familiares, apesar de ser a serva de Raquel e de ter se deitado com ele por obrigação. Mas não é a obrigação que deve ser enfatizada, porque naquele tempo era normal o homem ter várias mulheres, e sim a sua atitude,  depois se deitar com o primogênito de Jacó.
Foi como, nos dias atuais, um filho do primeiro casamento se deitar com a atual mulher de seu pai. É no mínimo estarrecedor, pois a falta de caráter e respeito sobressaiu aos prazeres da carne.
Será que há “Bilas” nos dias atuais? Aquela mulher que joga uma história familiar no lixo por causa de uma aventura amorosa? Ou aquela que não quer saber o que deve fazer para satisfazer as suas necessidades pessoais, financeiras e também sexuais?
As mulheres dos dias atuais têm perdido o sentido da feminilidade e tem sido cada dia mais sensual, exacerbando o seu lado feminino de modo vulgar e sem barreiras sociais e familiares.
Se você está se perguntando se a sua liberdade de escolha e de expressão da sua feminilidade já está no caminho da libertinagem, pare por um instante, perceba onde está, o que está fazendo com sua vida e com seus familiares que estão ao redor. Ainda há tempo de  corrigir.
Não deixe se dominar pela sexualidade do século 21, mas foque em seu caráter e naquilo que Deus quer para a sua vida.
No meio cristão, o adultério tem encontrado lugar, não é raro surgirem comentários estarrecedores desta prática em igrejas, abalando a boa moral da obra do Senhor.
O que leva uma serva do Senhor a cair em tais situações? A resposta mais acertada seria: Falta de comprometimento com a palavra de Deus, falta caráter e de vigilância.
O diabo tem investido alto na grande missão de tornar o adultério algo comum, normal, aceitável por todos. Veja-se, por exemplo, os filmes, programas e em especial as novelas nacionais, o adultério está sempre presente; transmitindo uma imagem de correto ou de solução para problemas conjugais; a forma que é traçada as cenas, induzem aos telespectadores a aceitar e a torcer pelo casal adultero. É o diabo plantando no subconsciente coletivo a idéia desta prática, é lamentável, mas, ele tem sido muito bem sucedido em sua estratégia de incutir na mente humana bem como suas investidas tem tido sucesso, já que para muitas mulheres este ato tem se tornado freqüente.
O adultério é expressamente proibido no sétimo mandamento, “Não adulterarás.” (Ex 20.14 e Dt 5.18)
Devemos lembrar que esta luta pela preservação do casamento esta diretamente ligada à disposição do cônjuge adúltero de mudar de atitude. Se não houver esta disposição e continuamente houver adultério dentro do casamento, a parte fiel não pode ficar passiva. Aquele que consente em dormir com um adúltero impenitente tornam-se igualmente adúltero.
Marcos Simas diz que : Uma pesquisa feita de forma profissional sobre a sexualidade dos evangélicos nos dá um retrato mais fiel daquilo que de fato nosso grupo é, pensa e faz nessa área, e nos ajuda a visualizar de uma forma mais precisa ações que gerem transformações profundas e genuínas.
(2)   Gera um sentimento de culpa

"A maioria dos que traem se remói de culpa, não dorme direito e gela quando o telefone toca", afirma o terapeuta Nelson Vitiello, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana
A infidelidade conjugal costuma provocar feridas na alma, desestruturando famílias e criando filhos rebeldes, por conta da mágoa e da dor geradas pela traição.
Amar uma pessoa e ser traído por ela é uma das coisas mais difíceis de suportar. Muitos não conseguem perdoar e vêem suas vidas paralisadas, ao alimentar mágoas e ressentimentos. Normalmente, a vítima da infidelidade sente-se fragilizada, com a alma ferida.
Porém, o cônjuge infiel passa por crises emocionais, vindo todas em seqüência. O primeiro sentimento é o da culpa.  Embora a parte infiel esteja vivendo no erro, ela se sente culpada pela situação em que chegou.  A pessoa fica desesperada ao pensar nas conseqüências de suas atitudes e no quanto poderá magoar seus filhos e seu cônjuge, o que faz com que a consciência a acuse mais e mais, até que diga a verdade ou estreite ainda mais seus vínculos com o amante. O segundo sentimento é o da vergonha.  O cônjuge infiel sente cada vez mais vergonha de si mesmo, da sua situação, e do que a igreja e a sociedade irão pensar dele caso seja descoberto.
A pior conseqüência que pode vir ao adúltero é o afastamento de Deus.  Quanto mais o pecador procura preencher seu vazio espiritual com sexo ilícito, mais afastado ele se acha da comunhão íntima com Deus.  Devido ao Senhor ser um Deus santo, ele pede que Seus filhos também sejam santos (Lv 11:45).  Visto o adultério ser um ato impuro e abominável, automaticamente o pecador se distancia de Deus, o que se não for notado e consertado, poderá causar a perdição eterna.
Não fique se justificando, mas reconheça que pecou porque quis. Se você sondar seu coração, verá que, no fundo, alimentava alguma fantasia a esse respeito, seja por gosto, seja por vingança. Talvez até mesmo tenha tido uma ou outra experiência extraconjugal antes. Não falo da relação sexual propriamente dita, mas de algo romântico, aventureiro, misterioso com algum colega de trabalho, vizinho, amigo. Isso também é adultério.
Não adianta jogar a culpa nos outros, a grande parte da culpa é sua mesma. O problema é que não queremos pensar assim. Fora um caso de adultério ou de abandono, sempre achamos que a culpa de nossos problemas do casamento nunca é nossa, mas sempre do cônjuge, e mesmo assim, tem maridos ou esposas, que atribuem a culpa de terem traído ao marido. Dizem que traíram porque não tiveram atenção do cônjuge. O cônjuge que não deu atenção estava errado, mesmo, mas isso não justifica o adultério.
A grande maioria dos que traem se corroem em  culpa,  não se acham mais dignos de serem amados e apresentam distúrbios do sono, a mulher sente  ao trair que destruiu  o vínculo de lealdade com a grande  parceiro de sua vida, “é como se quebrasse um cristal que em seus discursos não acreditam que poderão mais consertar. Não apenas o traído, mas quem trai muitas vezes se volta para vícios, por não dar conta da culpa  que sentem por terem  sido infiéis  com a parceira que amava.
O ser humano precisa de segurança em seus sentimentos, a fidelidade proporciona essa  segurança,  ter casos extraconjugais trará prejuízos  graves  psicológicos para quem é traído e para quem trai,  incentivando inclusive a pornografia tão combatida em nossos dias, quem é capaz  de ter casos extraconjugais e acha isso natural, bom para “saúde” tem sim “defeitos de caráter”  não apenas falhas, e podem ter desvios, podem ter transtornos de caráter de conduta, quem sabe, com certeza tem  concepções errôneas sobre a ética de vida. Se acreditar que isso possa ser verdade,  estará    despertando em si  sentimentos nocivos a personalidade e caráter, como dissimulação, mentira, encobrindo comportamentos  sexuais desajustados. 
Em entrevista a psicóloga Marisa Lobo, sobre infidelidade concedida a revista Show da Fé diz o seguinte: “Confesso, ainda em 15 anos de profissão que, ainda não tive nenhum paciente que se mostrasse  feliz por ter casos extraconjugais.
Como vemos, só prejuízos há em casos extraconjugais, isso sem falar no plano espiritual  que é bombardeado com  a infidelidade”.   

(3)   A infidelidade quebra o vinculo da confiança que é à base de todos os relacionamentos

“A infidelidade é um problema terrível”, diz o Pastor Jaime Kemp.
A infidelidade e a falta de respeito nos relacionamentos atuais são o principal motivo da destruição de matrimônios. Isso tem levado muitos filhos a sofrer duras conseqüências por conta das más escolhas dos seus pais.
Estas estatísticas são chocantes, mas o que é ainda mais alarmante é que elas nem sequer se aproximam de expor o grande impacto emocional que a infidelidade conjugal tem sobre a vida das pessoas. Imagine a tristeza e dor inconsoláveis, sem sequer mencionar a confusão, ansiedade e noites sem dormir que são causadas por essas estatísticas. Quando tudo é finalmente revelado, o cônjuge fiel pode sobreviver ao pesadelo, mas a sua cicatriz não vai sarar facilmente, e os danos causados ao casamento nunca podem ser completamente reparados. Relacionamentos fora do casamento podem também abrir as portas para algumas conseqüências ainda mais duradouras, tais como as doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.
Segundo Pittman, “a infidelidade é uma quebra de confiança, a traição de um relacionamento, o rompimento de um acordo”.
A infidelidade pode não ser a pior coisa que um parceiro faça ao outro, porém pode ser
a mais perturbadora e desorientadora situação ocorrida na relação, e conseqüentemente capaz de destruir o casamento, não necessariamente pelo sexo e sim pelos segredos e mentiras.Tanto que para Pittman, “Uma mentira pode ser uma traição mais direta do que manter um segredo relevante, mas as duas coisas acabam sendo a mesma coisa”.
O drama da infidelidade tem sempre três participantes, o traidor, o que é traído e o parceiro do caso. O traidor é a pessoa que é infiel, ou seja, quem está cometendo a infidelidade, ao fazer algo sexual fora do casamento. Já o traído é a vitima no casamento de quem o cônjuge (traidor), escapa e se esconde. Enquanto que os parceiros de um caso são chamados de “amantes”.
Os casos são emocionalmente complexos e envolvem uma raiva considerável, parte dela em relação ao parceiro do casamento, parte em relação ao parceiro do caso, parte em relação à instituição casamento e uma grande parte em relação ao gênero visto como “oposto”. Nessa confusão emocional o amor acaba sendo o menor ingrediente na relação. A infidelidade não é uma questão de “saúde mental, e sim uma questão moral” diz Andolfi.
Essa reação origina-se de varias suposições, uma vez que a “saúde mental é alcançada quando as restrições dos julgamentos morais são superadas, ou seja, tudo aquilo que traz à liberdade de uma pessoa com relação à restrição sexual deve ser mentalmente sadia”.
Para ocorrer uma infidelidade há primeiramente o vínculo com alguém, e que sem esse não seria infidelidade. Pessoas podem se encontrar, se apaixonar, sentir a presença do amor. Mas quando o indivíduo está vinculado a alguém, há de se ressaltar que, para muitos, a infidelidade vai representar sua existência, exatamente por estar ligado a alguém e, com isso, exatamente por este aspecto, se ver no recurso de abrir-se para demais oportunidades. Querem tudo ou o melhor dos dois mundos: o que a estabilidade e segurança do vínculo podem oferecer somada à liberdade de experimentar novas relações tanto quanto queiram como forma de apontar que esta não lhe completa inteiramente. Afinal, o objetivo é este: deixar claro que existirá alguém melhor que virá e colocará fim neste anseio. Informar ao mundo que você está satisfeito poderá não ser o seu intento, pois, insatisfeito que é, precisa comunicar que está aberto a outras oportunidades.
Mas lembre-se de que precisa de um vínculo como ponto de partida, pois sendo a infidelidade uma forma de ataque ao amor, passa a representar a própria via e recurso  de destruição, deixando com seu ato resvalar que a infidelidade é um meio de reprovar o que quer que exista em sua vida, abrindo-se para novas oportunidades como forma de miná-lo, pois apontam existir a pessoa que faltava para completá-los.
Se a pessoa desleal tem na sua atitude a perpetuação da destruição como forma de dizer que não foi domada, nem tomada pelo outra, fica marcada na conduta da infidelidade a necessidade de manter-se afastado de alguém do qual está vinculado de algum modo, utilizando-se deste expediente enquanto anteparo e defesa da sua integridade e identidade cuja finalidade é sabotar o vínculo. Pedindo neste ato, de forma inconsciente, que o outro lute por ele, resista a essa pressão e faça no desequilíbrio vigente do vínculo a função de permanência do mesmo, já que ficará ocupada da sua corrosão. Obtém de forma desviada a referência pessoal, valorizando e dimensionando seu significado na relação que não consegue sentir. Conta com a atitude do outro de manter o vínculo, contrária à sua, de infiel, que se abrirá para o mundo em busca de outras oportunidades. No entanto, ao menor sinal de que isso de fato tomaria o ponto de finalizar essa história, mais que depressa a pessoa desleal se vê na situação de ter que pensar sobre a sua vida – se for o caso de abrir mão do seu casamento, noivado, namoro. Daí que a finalidade da traição nessa ação egoísta e silenciosa é um modo desqualificar o outro, rebaixando-o em relação a si mesmo. Basta o outro não compactuar com esse jogo que a finalidade da traição deixa de ocupar o seu papel. Seja de forma inconsciente ou por ter tomado conhecimento do fato.
Para se sentir melhor, a pessoa desleal avilta o relacionamento para poder resgatar uma potência que se vê reduzida, por sentir-se na mão do outro, atada ao outro, prisioneira do querer do outro, diferente do que ele pretende e quer. Marca sua autonomia com essa forma de rebelião ao vínculo.
Nota-se como a pessoa infiel é um ser incompleto que se utiliza da traição como forma distorcida de obter autonomia, principalmente quando já a perdeu por completo. Daí o sentido de não apreciar o sentir-se na “mão do outro”, rebaixando o parceiro para manter-se vital e cheio de si.
Infidelidade é a desconsideração da confiança depositada em si por outro. É uma deslealdade, ou seja, uma quebra de compromisso.
Em dos fundamentos do casamento é a lealdade que cada um dos cônjuges assume em relação ao outro. Este valor é base para um casamento duradouro e maduro. Sem esse requisito, a relação conjugal tende a tornar-se apenas uma relação social comum, equiparando os cônjuges a amigos ou colegas, cujas relações são apenas fraternas, adicionadas com sexo, porém, sem a confiança e a preferência, características genuínas de uma relação conjugal autêntica.
Prudência é a capacidade que faz prever as faltas e os perigos. É enxergar o abismo ao longe e desviar-se dele. É a virtude que evita a queda.
Os atos de infidelidade conjugal é o resultado do encontro entre a carnalidade e a oportunidade. O cônjuge, talvez num momento de instabilidade matrimonial, inflamado pela paixão carnal ou instinto sexual (eros), se vê envolto num ambiente em que a infidelidade será consumada apenas com a atitude do “deixa a vida me levar”. Toda infidelidade é resultado de um ato inconseqüente.


(4)   Geram marcas, seqüelas que podem prejudicar o relacionamento com o cônjuge e os filhos;

Nos relacionamentos de uma maneira geral, a pessoa espera que as outras sejam honestas, fieis, leais e confiáveis. Há certa sensação de segurança inerente a uma relação de confiança. No entanto, quando a pessoa é traída, isso a afeta internamente e externamente.
Depois de uma primeira traição as pessoas têm dificuldade em confiar nas outras, e mais importante a que é traída tem dificuldade em confiar em si mesma.
Além disso, a pessoa que adulterou corre o risco de não receber o perdão do esposo, porque ele não consegue perdoar. Será que vale apena pagar esse preço? Proteja a si mesmo e a seu casamento. Esteja atento às armadilhas que Satanás espalha pelo seu caminho. Invista em seu casamento e seja fiel. A felicidade e a confiança fortalecerão sua vida conjugal e, esteja certo, podem tornar seu casamento mais feliz.
A traição acontece com todo mundo em algum momento da vida dele ou dela. A traição pode ocorrer com um cônjuge, membro da família, um amigo ou um colega de trabalho. A maioria das pessoas que experimentaram a traição viu os sinais, mas continuaram a dar a essa pessoa o benefício da dúvida, talvez por gostarem muito dela.
Esta é de longe o tipo mais difícil de traição, porque deixa a pessoa totalmente chocada e com o coração devastado. No entanto, na maioria dos casos de traição, existem sinais de alerta que foram ignorados ou minimizados pela pessoa que foi traída.
Entre as vivencias capazes de desencadear reações depressivas o conhecimento da traição é uma das mais fortes. Geralmente a pessoa traída ou deixada pela outra se mobiliza fortemente pela frustração da perda, pela constatação da mentira, pela deslealdade e, não menos, pelo vexame e constrangimento social e familiar.
O sentimento mais imediato que a infidelidade provoca, no entanto, é uma mistura de mágoa, contrariedade, ira, arrependimento, ânsia de vingança ou revanche. Em geral, nessa fase de enorme frustração os sentimentos não são bem definidos, alternando-se de um para outro, da mágoa para a raiva, do arrependimento para a vingança, da sensação de impotência para o desespero da reconquista. “Fiquei sem chão...”, “... meu mundo acabou”, são as expressões mais ouvidas nessas circunstâncias.
A descoberta da infidelidade pode ser uma das mais sofríveis e devastadoras vivências. A constatação da deslealdade no relacionamento causa um sofrimento proporcional à solidez da convicção prévia de que a posse da pessoa era garantida. Nessas situações, mais importante que a idéia do contacto físico da pessoa infiel com a outra é o sentimento de decepção. Isso pode produzir um desencanto muitas vezes definitivo. Pode até existir uma espécie de perdão... mas a desilusão, desapontamento e decepção ficam.
Dietrich Bonhoeffer, em seu livro, “Tentações” declara: Quando a cobiça assume o controle, Deus se torna irreal para nós. Bonhoeffer está absolutamente correto. Quando cobiça e paixões sexuais ilícitas passam a nos consumir, ao mesmo tempo, Deus passa a ser uma presença opaca, distante e irreal. Surgem às racionalizações, nos tornamos insensíveis a uma tragédia que pode estar prestes a tomar lugar.
Estou convencido de que o primeiro passo a ser tomado, com o objetivo de derrotar a tentação sexual, é simplesmente fugir dela. Creio que exatamente isso que Paulo estava comunicando a Timóteo quando lhe disse imperativamente: “Foge das paixões da mocidade” (II Timóteo 2:22) A mesma recomendação foi dada à igreja em Corinto: “Fugi da impureza!” Em outras palavras: não se coloque numa posição na qual tenha de testar sua própria resistência.
A BEPEC preparou junto com as revistas Genizah e Cristianismo Hoje, uma grande pesquisa sobre “O Cristão e o Sexo”. Sei que há muitos tabus em nosso meio evangélico nesta área que precisam ser reavaliados. Sou consciente que, por razões teológicas e bíblicas óbvias, por séculos este assunto tem assustado nossa liderança evangélica e não o temos tratado com a seriedade que ele merece, mas o resultado da pesquisa me assustou, ou melhor, me apavorou.
Os dados da pesquisa nos mostram que dos 5.139 cristãos que responderam 21,35% eram Assembleianos, 17,51% batistas, 16,12% Pentecostais, 14,64% neo-pentecostais, 12,11% reformados, 9,49% IURD/IIGD/IMPD, 3,08% metodistas e luteranos e 5,70% outras igrejas. Aproximadamente 24% já são cristãos a mais de 20 anos, 25% a mais de 10 anos, 15% a mais de 7 anos, 14% a mais de 3 anos, ou seja,  78%  já  freqüentam a  mais de 3 anos uma igreja evangélica. Destes 60% já são casados a mais de 5 anos.
Agora vem o dado mais desolador: 11,96% das mulheres cristãs casadas traem ou já traíram seus maridos. 24,68% dos homens cristãos casados traem ou já traíram suas esposas. Dos que traem ou traíram seus cônjuges 26,51% são neo-pentecostais, 21,43% são pentecostais, 22,47% são batistas e 19,41% são reformados. 32,03% vêem pornografia na internet e 20,11% freqüentam motéis.
Vamos aos dados significativos. O ministério da Saúde publicou uma pesquisa sobre o mesmo assunto a nível nacional1 onde mostra que 21% dos homens brasileiros são infiéis às suas esposas, bem como 11% das mulheres.
Tanto as mulheres quanto os homens que se dizem cristãos são mais infiéis do que os não cristãos. A igreja neo/pentecostal tem a fama de ser mais rigorosa com respeito à vestimenta e maquiagem, representam quase 48% dos que traem seus cônjuges. Mais de 52% dos cristãos que traem vêem pornografia na internet ou freqüentam motéis. Acho que o profeta Malaquias não sabia de nada quando disse (3:18): “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve”, pois definitivamente se nas demais áreas já não havia diferença, agora é que não tem mais diferença mesmo.
Em todo o Livro Sagrado há referências claras sobre tal comportamento, que pode abalar de forma drástica a vida de todas as pessoas envolvidas.
Em 1977 o Congresso brasileiro aprovou com 226 votos contra 159 a Lei do Divórcio no nosso país. Hoje, 25 anos depois mais de um milhão de divórcios já foram promulgados pela justiça. Segundo o IBGE em 1985, um em cada dez casamentos terminava em divórcio. Dez anos mais tarde em 1995, este número subiu para um a cada quatro. Por mais incrível que pareça os países com maiores porcentagens de divórcios são os mais desenvolvidos e chamados berços do protestantismo. Os Estados Unidos lideram este lamentável ranking com 60% dos casamentos terminando em divórcio. A Inglaterra segue de perto com 40%.
Parece que o mundo de uma maneira geral aprovou o divórcio. Será que nós cristãos também podemos aprová-lo assim tão facilmente?
Embora este pecado tenha solução, deve-se lembrar que Deus perdoa o pecador e não o pecado.  Embora, devido às condições culturais de promiscuidade no Brasil, isto não é desculpa para os que caem em pecado, sendo o papel da Igreja discipliná-los, e até excluí-los, caso tragam escândalo, porém tratando-os com amor para que permaneçam no aprisco do Senhor.

(5)   A cura através do perdão

A traição é algo difícil de ser digerida num casamento e nem sempre é fácil perdoar e seguir em frente. Independente se foi um caso de uma noite, sem envolvimento emocional, ou de longo prazo, sempre ficam seqüelas e mágoas.
A terapeuta de casais Elvira Aletta elaborou algumas dicas para o site YourTango com passos essenciais para um casal tentar retomar o relacionamento após uma traição.
Segundo ela, se cumpridos com vontade, é possível que a relação fique até mais fortalecida do que antes do episódio. Aqui estão oito passos que podem ajudar a salvar o seu casamento.
Terminar o caso imediatamente, gentilmente, completamente, totalmente. Isso tem que vir em primeiro lugar, se a parte que está traindo quer a reconciliação. 'Amizade' não é uma opção.
Repensar o relacionamento se qualquer um dos dois não tem certeza se querem ficar juntos, é melhor deixar isso claro ao parceiro. Sentir-se confuso após uma traição é normal, mas só não deixe que isso seja uma desculpa para evitar falar sobre a realidade.
Nada de segredos, o seu parceiro quer saber os detalhes do caso, você deve contar a ele. Eles o ajudam a compreender a realidade.
Parar de correr e enfrentar a dor, evitar a dor é, muitas vezes, o que levou ao caso fora da relação. Enfrentá-la é aterrorizante, mas necessário. Tome coragem e discuta os aspectos no relacionamento.
Caminhar sobre brasas, expresse seus remorsos e diga sinceramente que você vai fazer o que for preciso para voltar a focar no relacionamento. Em seguida, faça-o.
Assumir a responsabilidade, resistir aumenta a culpa. O caso é um sintoma de que havia algo muito errado no relacionamento. Ambas as partes precisam cavar fundo para descobrir e aceitar sua parcela de responsabilidade. Se os verdadeiros problemas não são abordados, nada muda.
Perdão, todos os envolvidos precisam de perdão, para curar-se do trauma. Ambas as partes estão feridas, estão de luto e precisam de perdão. Um bom conselheiro de relacionamento pode ajudar a negociar esse entendimento.
Tempo, isso é essencial para a cura completa. A confiança se assemelha às flores minúsculas que precisam de tempo para recuperar suas raízes profundas e torná-las resistentes.
Conselhos do Pr. Rick Warren
Algumas precauções dentro deste processo devem ser incluídas, até mesmo posições mais radicais, como por exemplo, as de Rick Warren, um dos mais bem sucedidos pastores dos Estados Unidos. Após assistir a tantas quedas morais, Rick se sentou e escreveu os Dez Mandamentos para a sua equipe de trabalho.

1 - Não visitar pessoas do sexo oposto a sós.
2 - Não aconselhar pessoas do sexo oposto a sós no escritório.
3 – Não aconselhar pessoas do sexo oposto mais de uma vez sem a presença do cônjuge.
4 - Não tomar refeições a sós com pessoas do sexo oposto.
5 - Não beijar pessoas do sexo oposto ou demonstrar atos de afeição que possam ser questionados.
6 - Não discutir detalhes de dificuldades de ordem sexual com pessoas do sexo oposto, quando em aconselhamento.
7- Não discutir detalhes de problemas de ordem sexual do seu casamento com pessoas do sexo oposto.
8 - Muito cuidado ao responder cartões, cartas ou bilhetes a pessoas do sexo oposto.
9 - Faça da sua secretária a sua protetora aliada.
10 - Ore pela integridade moral de outros membros da equipe.

Concluindo
O sábio ao escrever em provérbios 30.20 diz: “O caminho da mulher adúltera é assim: ela come depois limpa a sua boca e diz: Não fiz nada de mal!”
Os padrões expressos pelo mundo hodierno devem ser abolidos para aqueles que querem viver uma vida saudável através da palavra de Deus.
A historia desta mulher “Bila”, deve ser pensada nos âmbitos cristãos, no malefício que traz para a pessoa que trai, quanto para pessoa que foi traída, mas de antemão por tudo que temos acima citado não será fácil, mas, todavia não é impossível desde que você se deixe inundar pela graça do perdão.
Geralmente o guisado que o inimigo oferece é bonito, atraente, afável, galanteador, sempre com palavras doces, elogios dos mais diversos e envolventes porem o final é sempre podre, e o inimigo procede de forma desleal, pois quando usa , logo descarta e joga fora, pois o seu trabalho  é  matar, roubar e destruir. 
Em minhas pesquisas para escrever tal artigo constatei que geralmente as pessoas costumam achar culpado pelos seus atos inconseqüentes colocando a culpa nas pessoas próximas, uma vez que fica mais fácil não assumir sua total culpa. Em muitos casos a culpa é sempre do parceiro, pois é quem está mais próximo, esquecendo-se que a Palavra de Deus é muito clara em relação a isso dizendo: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia isso mesmo colherá.” (Gálatas 6:7)
Mas minha sincera oração é para que Deus com sua infinita graça proteja os lares, suas famílias e se porventura isso esteja acontecendo com você, saia logo da rede de Satanás e caia na graça e no amor de Deus, arrependendo-se e confessando, pois fazendo isso alcançaras a misericórdia de Deus, pois a palavra de Deus declara em Provérbios 28:13    “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia.”
  
Pelo calvário a maior expressão do amor de Deus,

Pr. Marcos Serafim Silva

Obras consultadas:
http://mulher.terra.com.br
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http://elielt.blogspot.com.br/2011/08/prudencia-arma-eficaz-contra.html
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http://casaisnaplenitude.com.br/pare_de_justificar_o_erro_146.html
http://revfernando.blogspot.com.br/2006/01/divrcio-exceo-de-deus.html
http://www.allaboutlifechallenges.org/portuguese/infidelidade-no-casamento.htm
www.bepec.com.br
Bíblia da Família (Sociedade Bíblica do Brasil). Estudos de Jaime e Judith Kemp; (página 559).
http://www.arcauniversal.com/noticias/historias-de-vida/vida-a-dois/noticias/adulterio-a-luz-da-biblia-12933.html
http://www.atmosferafeminina.com.br/Colunistas/Luiza_Ricotta/Infidelidade__a_corrosao_do_amor

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