Texto base: ENTÃO disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? (1 Samuel 16.1ª)
Introdução
Com a velhice de Samuel, as tribos de Israel desejavam ter um rei, assim como as nações circunvizinhas. Surgiria então um rei, com direito a ter um trono, e todas as demandas que reis costumavam ter.
É nesse cenário que surge o primeiro rei do antigo reino de Israel, conforme a tradição judaico-cristã. Saul (em hebraico שאול המלך, "Pedido a Deus" ) Filho de Quis, da tribo de Benjamin, foi o escolhido para substituir o juiz Samuel , já que o povo estava pedindo conforme I Samuel 8.5 : “E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações”, Saul teria vivido por volta de 1095 a.C. e reinado por quarenta anos.
Saul reinou bem, no princípio, mas gradualmente sua autoconfiança cresceu e sua confiança no Senhor diminuiu. É duro aceitar a responsabilidade pelos próprios atos. A consciência de Saul era impenetrável. Como resultado do coração impenitente de Saul conforme Romanos 2:5: “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus”; Deus afastou Seu espírito de Saul, e um espírito mau entrou nele. Dai em diante, a vida de Saul foi torturada e arruinada pela culpa. Ele se tornou paranóico. Saul demonstra o que acontece a uma pessoa que se recusa a confessar e arrepender-se do pecado. A culpa leva à insanidade.
O trono de Saul estava em crise, atormentado, caído, arruinado, e sabendo que Deus havia dado seu trono a outrem, ficou desesperado indo a consulta com feiticeira como revela a palavra de Deus em 1 Samuel 28.7; 8: “Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para que vá a ela, e consulte por ela. E os seus criados lhe disseram: Eis que em En-Dor há uma mulher que tem o espírito de adivinhar. E Saul se disfarçou, e vestiu outras roupas, e foi ele com dois homens, e de noite chegaram à mulher; e disse: Peço-te que me adivinhes pelo espírito de feiticeira, e me faças subir a quem eu te disser.” E morte no mínimo suspeita , sem deixar alguém para ocupar seu lugar no trono , pois Deus já havia determinado outro em seu lugar.
Ao analisarmos a crise que culminou a perda do trono, por causa de seu descaso e total descompromisso com Deus e também com o povo. Baseado nesta crise que assolou o trono de Saul pode-se então pontuar o que leva alguns lideres desses tempos atuais, tomados por má influencia e má conduta diante de Deus e diante do povo estarem perdendo seus “tronos”, ou Deus estar tirando-os do comando e passando o reinado para outra pessoa mais compromissada com a causa da igreja e principalmente da Seara. Então vejamos quais erros faz um pastor perder sua identidade, seu comando, sua autoridade, seu trono (pois muitos já se sentem reis, e já falam em dinastia). Vejamos os principais pontos que podem gerar crise no Trono (Ministério):
1- A condição para permanecer no trono é obedecer, tão somente, à palavra de Deus. Qualquer que governe, nessas condições tem o apoio divino.
Romanos 13.1: “TODA a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus”.
Há muitos pastores que são reféns de lideres truculentos e manipuladores. Esses líderes alimentam a síndrome de donos da igreja.Esses pseudolideres tratam o pastor como se ele fosse um empregado que devesse estar sempre debaixo do jugo deles.
Há muita disputa de poder na liderança das igrejas.Essa quebra de braço produz desgaste e muitas lágrimas.A maioria dos pastores sofre mais com relacionamentos tensos com a liderança do que com as lidas do ministério.
Notavelmente lideranças de algumas igrejas precisam passar por uma reformulação urgente, eu simplesmente vejo isso.Pois alguns que estão na eminência da liderança estão com seus sentimentos congelados e nem sequer ouvem a voz de Deus.Estão como o sacerdote Eli, como discorre a palavra de em 1 Samuel 2.22; - “Era, porém, Eli já muito velho, e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel, e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação”.
As grandes maiorias desses líderes estão construindo o que estão de chamando de “dinastia familiar”, ignorando o que diz o profeta Jeremias 3.15:- “E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência”, chega a tal ponto a ignorância que qualquer um que discorde de seus feitos e atos são tachados de rebeldes, divisores, pois em alguns casos quem está no domínio são geralmente seus familiares, então qualquer que discorde está fatidicamente condenados a ficarem no que chamam de geladeira pastoral.
Obedecer à palavra de Deus é imprescindível para qualquer líder, pois é ela que norteia e direciona o caminho a ser trilhado para qualquer liderança de sucesso.“Vivenciar e usufruir os acertos e desacertos da vida em família moldam o pastor, tornando-o um autentico ser humano, que se alegra em tal companheirismo” (Neil B. Wiseman).
Como diz o Reverendo Hernandes Dias Lopes em seu livro de Pastor a Pastor; - “O ministério não é um mar de rosas, mas um campo de lutas renhidas. O ministério não é uma sala VIP nem uma estrada coberta por um tapete vermelho. O ministério não é um parque de diversões nem uma colônia de férias. O ministério é enfrentamento, lutas sem trégua. Quem entra no ministério precisa estar consciente de que há oposição de fora e pressão por dentro. Há batalhas externas e internas. Há conflitos, e guerras travadas pelos irmãos”.
Infelizmente temos percebido grandes desmandos por parte de uma imensa maioria de lideres que já se apossaram da igreja e qualquer que lhes façam frente às falsas imposições não por parte da doutrina da palavra, mas sim desmandos descabíeis de uma liderança frustrada são perseguidos, esquecidos e até mesmo condenados a morte ministerial, pois fazem sombra a liderança de alguns. O que fica claro é que a palavra de Deus está ficando bem distante da vida desses lideres, o que temem mesmo é perder seu trono, e com a truculência que imprimem, estão fazendo com que seu trono fique em crise, assim como aconteceu com Saul, conforme relata 1 Samuel 16.14a : - “E o Espírito do Senhor se retirou de Saul”.
2- A condição para permanecer no trono é ter reputação, pois é o que os homens pensam o que você é; caráter é o que Deus sabe o que você é.
Abraham Lincoln disse certa vez:- “Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder”.
O dicionário da língua portuguesa define reputação como: Conceito; opinião pública, favorável ou desfavorável, define como índole, firmeza, dignidade, qualidade distintiva a palavra caráter.
Quem está em exercício pleno do ministério precisa ter preocupação com a profundidade de seu caráter. As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação. A verdade em que você acredita determina seu caráter. A reputação é o que acham que você é. O caráter é o que você realmente é... A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova. O caráter é o que você tem quando vai embora... A reputação é feita em um momento. O caráter é construído em uma vida inteira... A reputação torna você rico ou pobre. O caráter torna você feliz ou infeliz... A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus. (Arnaldo Jabor).
Para que não haja crise no trono é necessário atuar sem parcialidade, pois todos nós estamos sujeitos a considerações subjetivas e necessitamos do enrijecimento provido por esta severa exortação. Na obra cristã e principalmente para quem ocupa o “trono”, são essenciais imparcialidade absoluta, a reputação e a integridade têm que ser irrepreensível. Nossas próprias aversões ou afinidades devem ser postas de lado. A palavra implica preconceito – que é prejulgamento.Até os homens do mundo esperam justiça e imparcialidade, aqueles que estão na iminência (trono) da igreja deveria determinar o padrão, visto que o seu bem-estar depende de uma disciplina imparcial.
Conjuro-te diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade (1 Timóteo 5:21).O apostolo Paulo exorta a Timóteo para que não fosse influenciado pela pressão de certos grupos – situação que não é desconhecida na obra cristã de nossos dias.
Meu pastor tem dificuldade de formular um discípulo, ele prefere os que já vem pronto e de preferência com formação, para que ele não tenha trabalho, disse – me um pastor amigo.
O seu caráter daquele que está no trono tem que ser diferente de muitos personagens contemporâneos, e que na realidade reflete bem a ambição pelo poder, transtornada em “ladinos” e “sagazes”, e por incrível que pareça muito até no segmento evangélico que com esperteza galgam altas posições, não por mérito, mas por bajulações extrapoladas, ou por favores de alguns devedores. Não pode ter ações articuladas e planejadas, com jeito truculento para fazer seu caminho rumo a ascensão do poder.
Não quero dizer que todos os que galgam posições elevadas na vida tanto secular com ministerial (trono) são frutos de inescrupulosas ações, mas creio que Deus pode elevar o homem ao posto mais elevado que deseja alcançar por seus méritos, sua dedicação, seu empenho em fazer sua caminhada de maneira leal e a provação do Todo-Poderoso.
Como é lamentável a situação de Saul em seu final de reinado, com seu caráter comprometido, com seu trono em crise longe de Deus e acima de tudo sabendo que outro ocuparia seu lugar.
· Quem compromete sua dignidade e reputação, compromete também seu trono.
· Quem vive rodeado de bajuladores também compromete seu trono, pois estes são os primeiros a abandoná-los no momento de perda do trono; a palavra usada por Paulo em 1 Tes. 2.5a para bajulação é kolokeia, que descreve a adulação que sempre pretende ganhar algo, a lisonja por motivos de lucro. Fritz Rienecker, nessa mesma linha de pensamento, afirma que essa palavra grega contem a idéia de enganar com fins egoístas.
· Há duas admoestações nas sagradas escrituras sobre a fidelidade dos homens, a primeira está em Salmo 12.1: “SALVA-NOS, Senhor, porque faltam os homens bons; porque são poucos os fiéis entre os filhos dos homens”, e a segunda é o apostolo Paulo escrevendo a seu filho na fé, em 2 Timóteo 2.2: “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros”.
Na jornada da vida, você pode enganar o mundo inteiro, e ainda receber cumprimentos em sua caminhada. Mas se enganar o homem no espelho, terá como prêmio derradeiro, dores de cabeça, lagrimas e mais nada, disse certa vez Dale Wimbrow.
3- A condição de permanência no trono é não negociar seus princípios, não se vender, não consultar feiticeiras, caso contrario seu trono estará seriamente ameaçado.
Infelizmente estamos sofrendo uma forte crise em relação aos princípios morais e éticos por uma parte daqueles que ocupam o trono, quero esclarecer que não estou generalizando; ainda há muito trigo, apesar do joio. Porém, nestes dias hodiernos ouvimos falar de tantos escândalos tais como: mentiras, adultérios (que são jogados para debaixo do tapete, pois senão complica o trono), homossexualismo, roubos, conchavos políticos, barganhas, subornos, gente se enriquecendo as custas do dinheiro do povo, transações ilícitas e tantas outras coisas que denigrem os princípios morais e éticos.
Enquanto líder é absolutamente fundamental que nos comportemos de maneira ética.Há uma razão bastante obvia para isso: trata-se simplesmente da coisa certa a ser feita.Outro aspecto menos evidente é que, se não nos comportarmos assim, perderá o respeito (de si mesmo e dos outros) e também a credibilidade e a confiança, alem de ser privado do poder de estar no trono, por má gestão.
Albert Einstein disse: - “Não tentes ser bem sucedido, tenta ser um homem de valor”. O grande problema por parte daqueles que ocupam o trono e sem duvidas sua benesse, pois pode corromper-se com as facilidades que o lhe trono dá.
Vários e vários líderes tem pensado que podem ocupar o lugar de Deus e têm exigido culto e reverencia assim como reis que exigiam de seus súditos cultos como se fossem deuses.
Charles Spurgeon dizia para os seus alunos: ”Filhos, se a rainha da Inglaterra vos convidar para serdes embaixadores em qualquer lugar do mundo, não vos rebaixeis de posto, deixando de serdes embaixadores do céu”.Hoje, lamentavelmente vemos muitos trocando o seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas.Isso é um equivoco e uma troca infeliz, o apostolo Paulo diz.- “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”. Aqueles que Deus chamou para ocupar ministério (trono) não deve desviar sua atenção com outros afazeres, ainda que dentre os mais nobres.
Certa vez ouvi um preletor dizendo em sua plenária: - “ Deus tem compromisso com o trono , e não com quem está no trono, pois , se há qualquer momento aquele que usufrui do trono andar sem princípios e vender seu trono, Deus se encarregará de destituí-lo.”
Bons princípios norteiam a base do trono, e somente aqueles que possuem bons princípios, e não vendem seus princípios por qualquer coisa sairão vitoriosos em seu final de reinado.
Saul estava tão preocupado com a crise que se instaurou no seu trono que perdeu totalmente a visão de Deus, indo consultar a feiticeira de En-Dor, como diz 1 Samuel 28.7: “Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para que vá a ela, e consulte por ela. E os seus criados lhe disseram: Eis que em En-Dor há uma mulher que tem o espírito de adivinhar. Outro problema quando se instaura a crise no trono é a quem consultar , e infelizmente muitos ao invés de irem consultar e obter a resposta de Deus, saem baseando e consultando falsos agoureiros que existem no reino, veja o que disse o Rei Jeosafá : “Disse, porém, Jeosafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar? (1 Reis 2.7) , porem a resposta do Rei Acabe foi : Então disse o rei de Israel a Jeosafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas só o mal; este é Micaías, filho de Inlá. E disse Jeosafá: Não fale o rei assim.(1Reis 2.8).
O trono não pode ser baseado em consulta a feiticeiros, mas tem que ser baseado naquilo que provem de Deus, pois aqueles que assim fazem tem sucesso garantido no seu reinado.
O segredo do sucesso é a constância do propósito, disse Benjamim Disraeli.
4- As condições gerais para manter-se até o final do reinado, a preparação de um novo sucessor, e os problemas constantes.
Todo aquele que quer terminar com louvor o seu reinado e ficar na memória de todos deve observar os seguintes pontos conforme a descrição de Ralf Kerr:
· Primeiro busque sem bem-sucedido no lar;
· Busque e seja digno da ajuda divina;
· Jamais comprometa sua honestidade;
· Lembre-se das pessoas envolvidas;
· Ouça os dois lados, antes de julgar;
· Procure se aconselhar com os outros
· Defenda os ausentes;
· Seja sincero e firme;
· Desenvolva uma nova habilidade por ano;
· Planeje hoje o trabalho de amanhã;
· Ocupe-se enquanto espera;
· Mantenha uma atitude positiva
· Tenha senso de humor;
· Seja organizado pessoal e profissionalmente;
· Não tenhas medo dos erros – tema apenas a falta de responsabilidade, respostas criativas, construtivas e capazes de superar estes erros;
· Facilite o sucesso dos seus subordinados;
· Ouça o dobro do que fala;
· Concentre todas as suas habilidades e esforços no trabalho que tem a sua frente; sem se preocupar com próximo emprego ou com alguma promoção.
No final de sua carreira o apostolo Paulo adverte ao jovem Timoteo o seguinte: Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.(2 Timoteo 4.5), e com muita propriedade diz:” Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”. (2 Timoteo 4.7).
Sem duvida nenhuma a maior preocupação desta geração hodierna é a sucessão no trono, e isto, em muitos casos Brasil afora tem sido feito de modo truculento, e na maioria das vezes passadas de pai para filho, gerando enormes conflitos internos e disputas sem precedentes, pois a maioria não quer ouvir a voz de Deus.
Preparar um líder não é uma tarefa das mais fáceis requer muitos empreendimentos por parte do discipulador, por isso preferem deixar em família, pois sabem que darão continuidade e pelo menos se pensa que darão continuidade ao trabalho até então desenvolvido pelo antecessor. Dinastias têm sido desmontadas ao longo da história, e não será diferente com a linha de sucessão eclesiástica, pois creio ainda: “Deus está no controle de todas as coisas”, e tem compromisso com o trono e não com quem está temporariamente assentado sobre ele.
Temos visto constantes mudanças Brasil afora na sucessão, e quero crer que haverá muitas outras, mesmo sabendo dos problemas que aqueles que pela vontade permissiva de Deus ocuparão o lugar, terão que enfrentar.
Andrew Carnegie disse certa feita: “Nenhum homem será grande líder, se quiser fazer tudo sozinho, ou se quiser receber todo o crédito só para ele”. E nunca devemos nos esquecer que quem dá pastores a igreja é o nosso Deus conforme diz as Santas Escrituras em Jeremias 3:15: “E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência”.
Inverno, 2011;
Pr. Marcos Serafim Silva
Obras Consultadas: 37 Qualidades do Líder que ninguém esquece – Pr. Josué Gonçalves
Visão e Liderança – The New York Times
Paulo, o Líder – J. Oswald Sanders
O guia do Pastor - Ralph M. Rigss
De: pastor A: pastor – Hernandes Dias Lopes
Fundamentos de uma liderança apaixonada – Aluízio ª Silva
Seja um líder de verdade – John Haggai
A Bíblia Dake
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
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