Reflexão: Entre a vida, morte e
legado
Vida e morte estão muito
próximas. Se não há vida, não há morte. Nascimento é o primeiro passo para
morte.
Nunca é fácil lidar com a perda
de seus antecessores. É natural sentir-se só no mundo ou, pelo menos, incompleto,
carecendo de alguma parte de si mesmo. Quando o mestre parte resta ao aprendiz
assumir as lições e difundi-las, não sem as marcas de seu estilo.
Todos nós independentemente de
classe social, credo religioso, raça, estamos fatidicamente destinados à descermos
a sepultura, e neste caso não adianta nada jeitinho brasileiro , ou de qualquer
nacionalidade, certamente morremos.
O salmista
Moises no salmo 90 reflete sobre a vida e morte dizendo:- “Os dias da nossa
vida chegam á setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta
anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.” Moisés
canta a fragilidade do homem e a brevidade da vida, contrastando com isso a
eternidade de Deus, e fazendo apelos sinceros por compaixão. A única divisão
que será útil separa a contemplação em Sl 90.1-11 de Sl 90.12-17. Não há
necessidade nem dessa quebra, porque a unidade é bem preservada em todo o
salmo.
O primeiro homem
foi criado à imagem de Deus. Se fosse obedecida à vontade de
Deus, este teria sido imortal. Ele teria passado por anos de
existência infinita de eternidade em eternidade, sem
deterioração e declínio. A passagem do tempo teria trazido
maturidade para níveis mais elevados de satisfação e alegria. Se a
sua existência tivesse permanecido com propósito e glória. Com a
vinda do pecado, tudo estava perdido, e a existência do
homem tomou um rumo trágico e distorcido para além do
que se pode compreender. O homem tornou-se um ser mortal de
curta duração, fraco e inútil. Ele agora vive sua
vida até que envelheça e volte ao pó de onde veio.
Tiago deixa-nos
também algo sobre a brevidade da vida dizendo: “Digo-vos que não sabeis o que
acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um
pouco, e depois se desvanece.”
O tempo passa
rápido demais e a vida é muito curta, como vivemos agora vai definir o que
deixaremos de legado posteriormente. Por gostarmos e amarmos algumas pessoas
pensamos que elas serão eternas, mas, isso não é verdade, o tempo de
nascer,crescer , envelhecer e morrer é para todos, voltaremos ao pó de onde
fomos formados.
Como é fato... a
vida passa rápido demais , não deveríamos perder tempo com coisas fúteis , sem
valor , sem expressão , sem realmente agregar coisas boas.É certo que temos que
nos preocupar com o que é eterno...ou seja a palavra do eterno Deus, e com suas
verdades, e a palavra de Deus no orienta que : “Quanto ao homem, os seus dias
são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento,
logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido”. (Salmo 103.15-16).
Marcus Tullius Cícero visto como sendo
uma das mentes mais versáteis da Roma antiga disse: “Embora seja curta a vida
que nos é dada pela natureza, é eterna a memória de uma vida bem empregada”.
Que legado que
deixaremos para gerações futura? Alguns deixarão um legado eterno, profícuo,
seus escritos serão lidos, sua vida e obra serão lembradas na memória dos
vivos. Leonardo da Vinci disse: “Que o teu trabalho seja perfeito para que,
mesmo depois da tua morte, ele permaneça.
De vez em quando
somos pegos de surpresa, pois a morte ceifou a vida de alguém que julgaríamos
demoraria anos para ceifar, mas a vida e a morte estão na mão do Eterno que à
da e tira a hora que lhe apraz, como diz sua palavra “O SENHOR é o que tira a
vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.”
A outorga da
vida aos seres humanos é descrita como o resultado de um ato especial de Deus,
para distingui-la da criação de todos os demais seres vivos. Deus comunicou de
modo específico a vida e o fôlego ao primeiro homem, e assim evidenciou que a
vida humana está num nível acima de todas as outras formas de vida, e que
pertence a uma categoria à parte, e há uma relação ímpar entre a vida divina e
a humana. Deus é a fonte suprema da vida humana.
Causa surpresa
para nós quando alguns deixam de serem contados entre os vivos por sua
importância entre nós e por seu conhecimento, maturidade, hombridade, lealdade
e afins, e passa a ser contado entre os mortos. Ícones estão partindo para a
eternidade, homens que deixarão um legado profícuo, para gerações posteriores,
mas, o que receio é se essa nova geração vai se ater-se aos mesmos princípios que
seus mentores, ou deixarão a soberba e o despreparo tomarem conta, principalmente
em se tratando de igreja.
A sentença que o homem morrerá fora dada
ainda no Éden: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim
comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás;
porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”.
Quais legado as
gerações posteriores terão? Isso dependerá do que estamos fazendo hoje, pois,
refletirá no amanhã, pois o sábio diz: “ Tudo quanto te vier à mão para fazer ,
faze-o conforme tuas forças, porque na sepultura , para onde tu vais, não há
obra nem projeto,nem conhecimento, nem sabedoria alguma.”.O que deixa claro é
que todos morremos e que nenhum conhecimento será levado além tumulo e nem sabedoria
alguma!
O final de todo homem já esta definido,
a morte é certa! Pense nisso!
No Eterno,
Marcos Serafim Silva