Mas evita os falatórios
profanos, porque produzirão maior impiedade. (2 Timóteo 2.16)
Falar é muito simples e fácil, difícil mesmo é
exercer a especial arte de ouvir. Muitos falam, e até demais!!! Não esperam que
alguém termine de falar e respondem antes mesmo de ouvir a última frase. A
ansiedade de muitos em falar demais e fora de hora, revela uma provável
inquietude no íntimo, na alma. Portanto falar não é o problema; o que falar
como, quando e o que falar, eis a questão.
Existem pessoas de língua ferina, maliciosa,
venenosa, língua que machuca, e Deus diz que tais pessoas não serão felizes.
Conheço pessoas desse tipo e muitas estão colhendo frutos amargos. A língua tem
o poder de transformar situações abençoadas em tragédia, alegria em depressão.
Quer amar a vida, quer ver dias felizes. Refreie sua língua do mal, segure a
língua quando tentado a falar contra os outros.
Thomas
Manton disse: “O maior dos pecados de um homem está em suas palavras”
A língua, sem duvida, tem sido um dos maiores
instrumentos do diabo para a destruição tanto familiar como também em vários
outros aspectos tais como: amigos, ministério, membros de igreja e afins.
É importante notar que doenças não separam
amigos, crises das mais diversas não separam amigos, mas uma fofoca, um boato
podem ser suficientes para separar os grandes amigos . A Língua é uma
influencia muito maior quando usada para o mal.
Spurgeon disse “Não creia em metade do que você
ouve; não repita metade do que você crê; quando ouvir uma noticia negativa,
divida-a por dois , depois por quatro, e não diga nada sobre o restante dela”
O filósofo grego Platão em um dos seus
diálogos, Fedro, disse que a linguagem é um phármakon. Esta palavra grega, em
português possui três sentidos: pode ser remédio, veneno ou cosmético,
dependendo do modo como é empregada.
Outro perigo é a linguagem produzida por
conclusões apressadas, antecipadas e subjetivas ou do tipo: “eu acho que”.
Geralmente, esse tipo de linguagem, tende a produzir as injustiças. Quanto a
esse tipo de linguagem é preciso muito cuidado, ninguém está isento. O remédio
é uma atitude mais consciente, mais comprometida, que implica em pensar mais
profundamente sobre um determinado assunto, repensá-lo, problematizá-lo,
submetendo-o à dúvida, à crítica, à análise, buscando entender o verdadeiro
significado.
Tiago diz que a língua é “um mal que não se pode
refrear; está cheia de peçonha mortal” (3:8). Mais uma vez percebemos a
destruição causada por ela. Aqui não mais na forma de murmurações do “populacho”
(capítulo 11), mas através de críticas
e calúnias que
corromperam os mais honrados entre as famílias dos líderes do povo: Arão, o
sumo sacerdote, e Miriã, a profetiza. Talvez as maliciosas palavras deles
tivessem sido sussurradas “aos ouvidos no interior da casa”, no maior segredo
(Lucas 12:3). Porém, “O SENHOR o
ouviu” (v. 2; 11:1). Jamais nos esqueçamos de que nossas
declarações mais confidenciais são ouvidas no céu. Moisés não disse nada. Cada
vez que um desafio aos direitos do Senhor está envolvido, com justiça a ira de
Moisés se acende, mas quando se trata de sua própria defesa, a mansidão dele é
demonstrada por seu silêncio. Portanto, é Deus quem toma a defesa de Seu servo.
Ele convoca os três envolvidos para o tabernáculo, e depois chama os dois
culpados à frente. A severidade da punição revela a seriedade do pecado
cometido. Miriã é castigada com lepra. Pela primeira vez Moisés abre sua boca
para implorar que sua irmã fosse curada.
Um escritor chamado Morgan Blake escreveu o
seguinte sobre este assunto:
“Sou mais mortal do que um ruidoso projétil de
morteiro. Venço sem matar. Levo lares ao choro, quebro corações e destruo
vidas. Viajo nas asas do vento. Nenhuma inocência é forte o suficiente para
intimidar-me, nenhuma pureza é pura o suficiente para atemorizar-me. Não tenho
consideração pela verdade, nem tenho respeito pela justiça, nem sou bondoso com
os indefesos. Minhas vítimas são numerosas como as areias do mar e comumente
são inocentes. Eu nunca esqueço e raramente perdôo. Meu nome é fofoca.”
Domar a língua é um processo diário e que exige
muito autocontrole, disciplina e compromisso com a pratica dos princípios
bíblicos que devem nortear nossa vida. Quando o cristão mostra equilíbrio no
falar, significa que o Espírito Santo está construindo nele o caráter de Jesus.
Pedro disse que Jesus nos deixou exemplo, para que seguíssemos suas pegadas.
As nossas palavras revelam nosso caráter, revelam
o nível da nossa maturidade e o nosso estado interior, tanto que a palavra de
Deus diz: “O lábio da verdade permanece para sempre, mas a língua da falsidade, dura por um só momento”.
Depois do estudo
detalhado sobre a língua, você pergunta, e agora como faço para controlar a
minha língua?
Aqui vão algumas dicas:
- Comece por pensar antes de falar, este é o primeiro passo
- Exerça domínio sobre a sua língua, suas palavras e não permita que sua boca te domine
- Tenha autocontrole, vigie cada uma de suas palavras, afirmações e respostas
- Evite ficar junto de pessoas que fazem mau uso da língua e podem te contaminar
- Não esqueça, uma palavra pode deixar tudo a perder, ou ser mal interpretada, dependendo da maneira como você se expressa
- Vê se o que você vai dizer é realmente necessário e verdadeiro
- Fuja de grupinhos onde sempre há fofocas
- Opte por escutar mais e falar menos.
O
destino da nossa alma é determinado por aquilo que falamos!
N’Ele
Marcos Serafim Silva
Consultas :
Linhares, Jorge – maledicência – Editora
Getsemani.
Gonçalves, Josué – A língua domando esta fera –
Editora mensagem para todos.
Boa Semente
http://www.devocionaldiario.com.br/
http://www.arcauniversal.com/blog/taniarubim.com.html
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