14 de jun. de 2014

Avivamento pela cruz


Texto base: Efésios 2

Introdução:
A definição da palavra avivar do dicionário da língua portuguesa significa: 1. Dar vida a; animar; fecundar; tornar vívido; conservar a vida de. 2. Adquirir vida, energia ou vigor.
O verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de preservar ou manter vivo. Porem, avivar não significa somente preservar ou manter, mas também purificar, corrigir e livrar do mal.
O verbo "avivar", em suas várias formas, é usado mais de 250 vezes no Antigo Testamento, das quais 55 vezes estão num grau chamado “piel”. Um verbo nas formas do piel expresso uma ação ativa intensiva no hebraico. Neste sentido, o avivamento é sempre indicado como uma obra ativa e intensiva de Deus.
Jonathan Edwards alista cinco bênçãos principais que o avivamento traz: revigoramento da verdadeira piedade; um ataque direto ao império de Satanás; alta consideração pela Bíblia como a Palavra de Deus; o avivamento conduz as pessoas à verdade – “Deus nos conduzirá, por meio da obra soberana do Espírito Santo, a experiências mais profundas das mesmas verdades essenciais reveladas anteriormente na Bíblia”; um aumento do amor por Deus e por pessoas.
Comentando um pouco mais sobre o sentido estrito de avivamento, diz o Dr. Martin Lloyd-Jones:
É uma experiência na vida da Igreja quando o Espírito Santo realiza uma obra incomum. Ele a realiza, primeiramente, entre os membros da Igreja: é um reviver dos crentes. Não se pode reviver algo que nunca teve vida; assim, por definição, o avivamento é primeiramente uma vivificação, um revigoramento, um despertamento de membros de igreja que se acham letárgicos, dormentes, quase moribundos.
Quantos realmente têm o entendimento do verdadeiro significado da cruz? A cruz não é talismã!
O genuíno avivamento gera pelo menos quatro grandes verdades:   

1- Transformação
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos) - Efésios 2:5
John Armstrong diz que os efeitos do avivamento são: a percepção da presença de Deus, a disposição incomum para ouvir a Deus, a convicção profunda do próprio pecado, o arrependimento sincero e a preocupação extraordinária pelos outros.
A palavra metamorfose vem do grego μεταμόρφωσις (metamórhosis, "transformação"), formada pelos radicais μετα- (prefixo meta-), "mudar" + μορφή (sufixo-morfo), "forma".
A dificuldade em entender a mensagem da Cruz, vem do fato de não termos decidido romper com o pecado. A conversão passa pela cruz. Conversão vem de mudança de vida, uma vida nova. Quando nós encontramos com Jesus Cristo, tomamos a coragem e ousadia de mudarmos de vida.
As Escrituras são enfáticas em deixar-nos registrado que enquanto estávamos mortos, fomos resgatados; quando não haviam batidas salvíficas em nosso coração, fomos transformados; quando o sangue já não corria por nossas veias, a transfusão perfeita do sangue do cordeiro a nós foi feita. Absolutamente em nenhum lugar das santas e divinas Palavras, encontramos algum dito, narrativa, poesia ou doutrina que nos informe que o Senhor apenas melhorou nossa situação diante de Sua presença santa e inabalável. Um homem que não compreende suas misérias diante do senhorio de Cristo, certamente ainda não nasceu novamente.
Na segunda parte da Carta de São Paulo aos Romanos, em que o Apóstolo descreve a conduta cristã como expressão da vida nova, do verdadeiro amor, da verdadeira alegria e liberdade que Cristo nos doou. É a vida cristã, apresentada como novo modo de enfrentar – com a luz e a força do Espírito Santo – as várias tarefas e problemas com que podemos deparar.
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Há outra versão ainda mais interessante: “Não se amoldem às estruturas deste mundo, mas transformem-se pela renovação da mente, a fim de distinguir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que é agradável a ele, o que é perfeito”. Este versículo é muito profundo. Vamos analisá-lo com calma. Neste versículo, Paulo faz a distinção entre dois sistemas, entre dois mundos, o ‘Olam Ha’zeh (“este mundo”) e o ‘Olam Ha bah (“o mundo vindouro”).
Paulo nos convida a uma verdadeira metamorfose, mudar a forma, algo que é necessário, pois todos nós devemos passar pelo novo nascimento. “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do espírito e espírito”. Aquele que não nascer da água e do espírito não herdará o reino de Deus
A palavra “mundo” ou “século” é aion, que se refere a uma era, a uma fase da história humana. Em latim, a palavra é saeculo, que nos remete à frase “annuit coeptis novus ordo seclorum” (Ano de início da nova ordem mundial). Ou seja, esse sistema que governa o mundo está querendo estabelecer definitivamente seu sistema naquilo que é chamado de “Nova Ordem Mundial” (novus ordo seclorum).
Há declaradamente uma briga entre dois sistemas: aquele que veio para “roubar, matar e destruir” e aquele que veio para trazer “vida em abundância” (João 10.10).
Em grego, a expressão “transformai-vos” é metamorphousthe. Ou seja, Paulo nos convida a uma verdadeira metamorfose, mudar a forma, algo que é necessário, pois todos nós devemos passar pelo novo nascimento. “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do espírito e espírito. Aquele que não nascer da água e do espírito não herdará o reino de Deus” (João 3).
A palavra “renovação” (anakainôsei) é curiosa. É fruto de ana (“acima”) e kainós (“novo”). Ou seja, é algo novo que vem do alto. Nós vemos esse “algo novo que desce do alto” nos versículos “descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do altíssimo te envolverá” (Lucas 1.35) e “O Espírito Santo desceu sobre ele como uma pomba” (Lucas 3.22). Essa renovação só pode ser realizada pelo Espírito Santo. Pedro recebeu esta transformação em Mateus 16: “Não foi nem carne nem sangue quem te revelou isso, mas meu pai que está nos céus”.
O termo “mente” (nous) está relacionado à ginosko, que significa “conhecer”. Ou seja, renovar a mente é conhecer coisas novas, que não se descobre pela razão, mas pelo Espírito. É um tipo de conhecimento que procede do Espírito.
Pois pela graça sois salvos – isto é, vós fostes salvos. A graça de Deus é a fonte de nossa salvação

2- Reconciliação  
Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
E reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade. (Efésios 2:13,16)
No grego, o verbo “reconciliar” (katallassō, do substantivo katallagē, que significa “reconciliação”) sugere a ideia de trocar, mudar (neste caso específico, a inimizade está sendo trocada por relações pacíficas). Esta expressão diz respeito ao reajuntamento das pessoas que estavam separadas, assim como um pai e um filho que se separam por divergências familiares. Assim, para que a relação seja restabelecida, é necessário remover os fatores que ocasionaram a inimizade. Na relação rompida entre Deus e a humanidade, a remoção dos elementos que impediam a sua restauração foi realizada pela expiação.
[Seu] significado etimológico é ‘mudança’, mas o uso sempre inclui a união de duas ou mais partes pela renovação de bases ou causas de desarmonia. A reconciliação é necessária para por fim à inimizade existente. A doutrina da reconciliação está relacionada com a restauração da comunhão entre o homem pecador e Deus, o Santo Criador, através de Jesus Cristo, o Redentor. Por causa de suas más ações, o homem é declarado inimigo de Deus. Teólogos liberais que negam a satisfação penal, propiciatória e substitutiva da justiça divina pela provisão objetiva da expiação, mostram que no NT Deus nunca é o objeto da reconciliação. Eles negam a necessidade da vindicação da justiça divina, e insistem que tudo que é necessário para a reconciliação entre Deus e o homem é uma mudança no homem [...]. O fato de o pecador ser aquele que precisa ser reconciliado com Deus não constitui um argumento contra a necessidade da propiciação em relação a Deus. Isto deveria ser evidente a partir de uma das passagens do NT, na qual a palavra é usada em um sentido não-soteriológico. Em Mateus 5.23,24, aquele a quem Deus ordenou que se reconciliasse com seu irmão era o ofensor contra quem o irmão tinha uma queixa. A única reconciliação possível era através da remoção objetiva da queixa ou a satisfação da justiça.
A. T. Pierson diz: “Nunca houve um despertamento espiritual em lugar ou país algum que não começasse com oração em conjunto”. Quando Deus quer visitar o seu povo com um avivamento, Ele o põe para orar. Acompanhando a oração, vem à pregação da Palavra de Deus. Ela é o combustível do avivamento.
Cronologia até a reconciliação
a. No Éden, Deus e o homem estavam face a face em comunhão
b. Após a queda, Deus e o homem se separaram um do outro, cada um vendo o outro como inimigo
c. No Calvário, Deus (já propiciado, já paga a penalidade e o resgate) voltou Sua face para o homem, chamando-o para filiação e glória et cetera.
d. Na conversão (através do arrependimento e da fé), o homem volta a sua face para Deus

3- Maturidade
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina. No qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, (Efésios 2:20,21) 
John Armstrong diz: “No avivamento não estamos adentrando um novo tipo de cristianismo. Experimentamos uma capacitação divina que faz parecer que começamos algo totalmente novo”.
Fervor religioso sem maturidade espiritual pode gerar divisões, tal como ocorria entre os "profetas" da igreja pelo amor demonstrado entre si. Essa é a principal característica e marca de uma igreja de Corinto. Inversamente, o Senhor Jesus disse que os cristãos devem ser conhecidos espiritualmente maduros e sadios. O segredo deste maravilhoso amor sempre derramado em nós é a livre e desimpedida ação do Espírito Santo em nosso ser.
A dimensão de uma pessoa madura na fé, que constitui maturidade na vida cristã é quando ela consegue integrar, consegue trabalhar a sua vida psíquica, afetiva, emocional, social, e espiritual. Negar um desses aspectos é forjar uma falsa maturidade.
"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, falava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino" 1Coríntios 13:11
Essas palavras de Paulo são reveladoras. Ele diz que não devemos ser como meninos, agitados de um lado para outro. Não podemos permanecer crianças pelo resto de nossas vidas. O não crescimento e não desenvolvimento de um bebê é sinal de algum tipo de enfermidade ou anormalidade. Uma criança saudável e normal cresce e se desenvolve, é isso que Paulo está dizendo aos cristãos. O novo nascimento não é o bastante, precisamos crescer para nos tornas maduros e cada vez mais parecidos com Jesus. Deus não nos salvou e nos arrancou das garras do diabo afim de que não fôssemos crianças para sempre.           
Por esta razão, o apostolo Paulo faz um apelo em prol do crescimento dos cristãos. Não basta ter acontecido o novo nascimento, tem que haver crescimento. Jesus morreu, ressuscitou e concedeu dons aos homens para que eles cresçam e cheguem "A unidade da Fé, e ao conhecimento do filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de cristo" (Efésios 4.13). Nós não nascemos e permanecemos do mesmo tamanho, pelo contrário, nós crescemos e nos tornamos adultos.
Meninos são fáceis de serem agitados e levados de um lado para outro. Meninos são facilmente manipulados, basta vir uma onda mais forte, um vento mais furioso, um argumento "aparentemente" mais convincente e se deixam levar. Não é necessário muito malabarismo para levar as crianças, elas são atraídas por tudo que parece bonito e traz satisfação imediata. Por isso não é difícil fazer com que crianças troquem tesouros do amanhã por bugigangas do presente, as promessas de Deus pelas promessas do diabo.
Precisamos crescer para nos tornar mais parecidos com Cristo. Jesus é o nosso padrão de crescimento. Para sabermos o quanto já crescemos, devemos olhar para Cristo e observarmos a sua conduta. Amar como Ele nos Amou; Perdoar como ele perdoou; Termos a intimidade e a obediência ao Pai como Ele teve; Servir como Ele serviu; Pregarmos como Ele pregou e Andar como Ele andou. Vamos caminhar nos seus caminhos e meditar nas suas escrituras para podermos crescer com qualidade e nos colocar a disposição da sua obra, a fim de sermos um vaso usado por Ele.
Em sua carta aos filipenses, Paulo nos apresenta um caminho para a maturidade espiritual e cristã. Do ponto de vista moral e legal, Paulo poderia ser considerado uma pessoa madura, pois cumpria os requisitos da lei e andava de acordo com os padrões morais da sua cultura e religião. Era também zeloso, responsável e coerente para com suas convicções e seus compromissos religiosos. Ele mesmo se afirmava “circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível”.
O que chama a atenção é que, para Paulo, tudo aquilo que temos considerado fundamental para o caminho da santidade e do amadurecimento era considerado como “esterco” diante do que é superior e sublime. Para o apóstolo, o que poderia representar, mesmo que de longe, alguma forma de esforço pessoal que pudesse trazer um certo orgulho moral ou espiritual, era considerado como “perda” por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus. Logo, o caminho da santidade e da maturidade não é o caminho do esforço moral, do legalismo ou mesmo de um zelo que nos proporciona status elevado, colocando-nos numa posição superior, inflando egos frustrados e promovendo uma forma espiritualidade autoindulgente e autossuficiente.
Neste caminho, Paulo reconhecia duas realidades. Primeiro, precisava deixar para trás tudo aquilo que o impedia de avançar. O autor de Hebreus também nos fala sobre isso quando diz: “Desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta” (capítulo 12:1). O passado cria embaraços, laços e amarras que nos impedem de caminhar. Muitos cristãos vivem como se arrastassem bolas de chumbo amarradas aos pés. São memórias de abusos, rejeições, abandonos, decisões malfeitas, escolhas erradas, frustrações, desilusões, mágoas e tantos outros pesos e pecados que permanecem conosco como fantasmas. Paulo não propõe que estas memórias e experiências sejam negadas ou varridas para debaixo do tapete. Ele sugere que sejam deixadas para trás. Ou seja, elas não podem determinar o presente ou o futuro – precisam ser enfrentadas e tratadas pela cruz de Cristo.
A segunda realidade que Paulo reconhece é a necessidade de prosseguir no caminho tendo diante dos olhos “o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” ou simplesmente “o autor e consumador da fé – Jesus”. O crescimento e amadurecimento espiritual não é fruto de algum ajuste psicológico ou sociológico, de uma boa formação teológica ou domínio das doutrinas bíblicas; muito menos um volume de experiências místicas na bagagem espiritual. Amadurecer implica caminhar perseverantemente em direção a Cristo, de tal forma que sua vida gloriosa seja vivida por nós pelo poder do Espírito Santo.
Quando Paulo afirma “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”, ele não está afirmando uma espécie de fusão de vidas ou alguma forma de anulação de sua personalidade. O que ele declara aqui é que, pelo poder do Espírito Santo, a comunhão com o Senhor é possível no sentido de que ele torna nosso tudo àquilo que é dele em sua humanidade encarnada. É por isso que Paulo nos diz que, em seu caminho em direção à santidade e ao amadurecimento cristão, ele busca conformar-se com Cristo em sua vida, sofrimento, missão e ressurreição.
Não resta dúvida que os valores morais, o conhecimento teológico ou a estabilidade emocional sejam marcos importantes no testemunho cristão, mas não devemos confundir isto com a sublimidade do conhecimento de Cristo.

4- Contrição
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; (Efésios 2:8).
D. Martyn Lloyd-Jones diz que o fruto imediato do avivamento é a percepção aguçada da presença de Deus.  
Avivamento não é descer a rua com um grande tambor; é subir ao Calvário em grande choro. (Billy Graham).
Contrição é o arrependimento sincero e completo dos pecados cometidos. Diz-se da pessoa arrependida que ela está contrita. No culto cristão (em especial, na liturgia reformada), a contrição é um ato que envolve, pelo menos, três elementos: o convite à contrição, a oração de confissão e a absolvição. Estes elementos são também conhecidos como ritos penitenciais.
Os malfeitores na cruz eram ambos os pecadores. Um, porém, agarrou a primeira oportunidade e voltou-se para Jesus; o outro perdeu sua última oportunidade. Os dois estavam igualmente próximos de Jesus, mas um espaço infinito separava um do outro. O abismo entre os dois está personificado na palavra "graça". Um continuou com sua zombaria e manteve seu orgulho, permanecendo em seu pecado; o outro, porém, orou: "Jesus, lembra-te de mim..." e experimentou toda a graça do perdão. Por toda uma vida ele havia roubado, matado e cometido pecados – mas o arrependimento sincero e profundo, expresso em uma única frase, abriu-lhe as portas para o paraíso divino. Isso é graça! Um estava no limiar do inferno e entrou no paraíso, o outro estava muito próximo do paraíso e foi para o inferno. Em Jesus decide-se o futuro e a eternidade das nossas vidas. Um morreu profundamente amargurado, com o coração tomado de incerteza, o outro morreu na paz da certeza de entrar no reino de Jesus. Jamais alguém esteve tão próximo da salvação como esses dois malfeitores crucificados ao lado de Jesus. Eles viram com seus próprios olhos a Jesus pregado na cruz como o Cordeiro de Deus no altar do sacrifício. Isso era tão claro e óbvio que até o centurião exclamou mais tarde ao pé da cruz: "Verdadeiramente, este era o Filho de Deus" (Mc 15.39).
Discípulos de Emaús é uma das primeiras aparições de Jesus após a ressurreição, logo após a sua crucificação e à descoberta do túmulo vazio. Tanto o "Encontro na estrada para Emaús" quanto o subsequente, Jantar em Emaús, que relata uma refeição que Jesus teve com os dois discípulos após o encontro na estrada, se tornaram temas muito populares na arte. Adicionalmente, o evento se tornou um ponto de inspiração para batizar diversos movimentos religiosos, serviços e atividades cristãs.
O episódio está descrito em Lucas 24:13-35, onde se lê também a expressão “fica conosco, Senhor” (em latim: Mane nobiscum Domine), que inspirou diversos textos, orações e canções.
 A narrativa detalhada deste episódio é geralmente considerada como uma das melhores narrativas de uma cena bíblica no Evangelho de Lucas. No relato, quando Jesus apareceu a Cléopas e o outro discípulo, a princípio "olhos deles não o puderam reconhecer". Posteriormente, quando Jesus, "estando com eles à mesa, tomando o pão, deu graças, e, partindo-o, davam-lhes", eles o reconheceram. B. P. Robinson argumenta que isto significa que o reconhecimento ocorreu durante a refeição.
O que Deus quer é contrição, e se não houver contrição, não há arrependimento completo. "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido." "Coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus." Muitos pecadores lamentam por seus pecados, lamentam por não poderem continuar pecando; mas se arrependem apenas com corações que não estão quebrantados. Não creio que saibamos como nos arrepender atualmente. Precisamos de um João Batista, que ande pelo país, gritando: "Arrependam-se! Arrependam-se!”.
Stephen Olford diz: “O avivamento não é um tipo de emoção ou um sentimento produzido; é uma invasão do céu que traz a percepção consciente de Deus”.
Arthur Wallis diz que “o espirito do avivamento é sempre a percepção de Deus”.
Eifion Evans diz: “Os avivamentos exibem grande variedade de formas de seu início, mas parece que a pregação é proeminente em todos os casos”.

Conclusão:
John Blanchard diz: “o homem não pode organizar um avivamento assim como não pode dar ordens ao vento. O avivamento não pode ser planejado. É uma interrupção divina”.
Em verdade, não existe avivamento sem cruz, sem renúncia, sem lágrimas, sem devoção, sem morte. Avivamento não tem o som de festa, mas o som de choro e quebrantamento.
Jonathan Edwards acreditava na importância e necessidade do avivamento. Ele viu o Grande Despertamento como uma obra do Espírito de Deus, revitalizando e capacitando a igreja para a sua missão no mundo. Ao mesmo tempo, ele estava consciente de desvios, excessos e até mesmo atuações satânicas que produziam excentricidades, descontrole emocional, ostentação e escândalos.
Porém, ele entendia que tais problemas não invalidavam os aspectos positivos do avivamento e, mais ainda, que alguns dos "fenômenos" ou "manifestações," ainda que inusitados, eram admissíveis diante das experiências profundas da graça de Deus que muitas pessoas estavam tendo, inclusive a sua esposa. Tais coisas, em si mesmas, nada provavam.
Os critérios que realmente indicavam se as conversões e o despertamento eram genuínos ou não eram os frutos visíveis: convicção de pecado, seriedade nas coisas espirituais, preocupação suprema com a glória de Deus, apego profundo às Escrituras, mudanças no comportamento ético, relacionamentos pessoais transformados e influência transformadora na comunidade.
Só esse tipo de avivamento será uma bênção para as nossas vidas, nossas igrejas e nosso país.

Christus Rex Regum (Cristo, o Rei dos Reis)

Pr. Marcos Serafim Silva 

Pesquisas:
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. RJ: CPAD, 2006, p.1654)
Fontes: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013.
http://www.ippinheiros.org.br/2013/11/em-busca-do-verdadeiro-avivamento/
http://2timoteo316.blogspot.com.br/
http://www.chamada.com.br/mensagens/malfeitores.html
http://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/transformai-vos/
 http://www.mocidadeunidospelafe.com.br/2013/01/amadurecimento-cristao.html
http://www.monergismo.com/textos/vida_piedosa/maturidade_cristo_ricardo.htm
 doutorteologia.blogspot.com/2008/11/avivamento.html






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