8 de jul. de 2010

O perigo de ser inteligente!

O medo causado pela inteligência

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado de seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticos.
O velho pôs a mão no de Churchill e disse, em tom paternal: “Meu jovem, você cometeu um grande erro, foi brilhante neste seu primeiro discurso na casa. Isso é imperdoável”.
Devia ter começado um pouco mais na sombra.Devia ter gaguejado um pouco.
Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trintas inimigos.O talento assusta”.
Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava n’uma carreira difícil.
Isso na Inglaterra.Imaginem aqui no Brasil.
Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência”.
A maior parte das pessoas encasteladas em posições é medíocre e tem um indisfarçável medo de inteligência.
Temos que admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições, sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam apetite do poder.
Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos oportunistas e ambiciosos têm o habito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar.
Em todas as áreas encontramos fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.
Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do “Elogio da Loucura”, de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida.É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social.
Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas, boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu circulo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras, à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.
Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas...
Enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres repudiam para se defender.
É um paradoxo angustiante!
Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.
Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues... “Finge-te de idiota, e terás o céu na terra”.
O problema é que os inteligentes gostam de brilhar.Que Deus proteja, então dos medíocres.

Em Cristo nossa esperança, de dias melhores, onde os inteligentes terão com certeza seu espaço,

Pr. Marcos Serafim
Nota: texto recebido por e-mail sem citação do autor.

Arvores que simbolizam Israel(3)


A Figueira

Arvore originaria do Oriente, é muito abundante na Ásia e na Europa.
Adão e Eva fizeram roupas de figueira (Gn. 3.7) para esconder sua nudez, mas quando ouviram a voz de Deus, se esconderam. Aquela roupa não satisfazia.
Era costume oriental descansar debaixo da figueira, ato que significava paz e prosperidade. “... habitava seguro, cada um debaixo de sua videira, e debaixo de sua figueira...” (1 Rs.4.25;Mq.4.4;Zc.3.10)
O fruto da figueira é comido fresco e pode ser conservado em forma de passas (1Sm25.18).Há no velho testamento muitas referencias ao uso da Figueira e seus frutos.
Sérvio o figo ainda de remédio, como no exemplo da doença do Rei Ezequias, quando foi colocada na chaga uma pasta de figos e sarou (2Rs20.7).Foi usada também uma massa de figos para animar um moço desfalecido pela fome de três dias (1Sm. 30.11,12).
O vento derruba grande parte dos figos verdes “... como quando a figueira lança sobre si os seus figos verdes, abalada por um vento forte” (AP. 6.13b). Os que amadurecem são chamados temporãos (Mq. 7.1; Na. 3.12).
Um quadro bem rico de imagens está em Cantares usando a figueira: ”A figueira já deu seus figuinhos” (promessa de abundancia) “as vides em flor exalam o seu aroma” (deleite, acompanhado a esperança de boa colheita), “levanta-te, amiga minha, e vem” (convite para um despertamento dirigido a quem espiritualmente está dormindo) – (ver Mq. 2.10 e Ef. 5.14).
Jeremias teve uma visão dois cestos de figos. Um cesto tinha figos bons; tinha figos; bons e o outro, figos tão ruins que não se podiam comer.
Os figos bons representavam os judeus fieis que iam para o cativeiro, mas Deus havia trazê-los de volta para Jerusalém. Os figos maus eram os que acompanhavam o Rei Zedequias na maldade e na desobediência a Deus, que seriam castigados, levados para Babilônia e destruídos por lá.(Ver Jr.24.10-10)
Jesus avistou uma figueira perto do caminho por onde passava, dirigiu-se a ela procurando fruto e não achou senão folhas, então disse a figueira: “Nunca mais nasça fruto em ti”. E a figueira secou imediatamente (Mt21. 19 e Mc. 11.12-14). Foi como aquela geração dos judeus de sue tempo, que não produziu os frutos que Deus queria e foi destruída.
Quando os seus discípulos pediram um sinal da vinda de Jesus e do fim do mundo, Ele disse: “Aprendei, pois esta parábola da figueira: Quando já seus ramos se tornam tenros e brotos folhas, sabeis que está perto o verão” (MT 24.3 e32).
A figueira foi castigada com a destruição de Jerusalém no ano 70d.C pelo exercito romano.Os judeus forma dispersos e ficaram sem Pátria durante quase dois mil anos.Ultimamente a figueira está reverdecendo.Em 1948 foi aclamado o Estado de Israel , e na guerra dois seis dias, em julho de 1967, o povo judeu reconquistou o território que formava a Palestina nos dias de Jesus Cristo. Dali para cá o progresso vai avançando a passos largos. Segundo a profecia de Jesus, “o verão está próximo” (Mt.24.32b).


Em Cristo , nossa esperança de gloria,

Pr. Marcos Serafim

Obras consultadas: Melo Joel Leitão de - Sombras, tipos e mistérios da Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 1989