13 de jan. de 2014

A razão da nossa adoração a Deus


Texto: Salmo 100
Introdução
A adoração exige amor extremo, excessivo, fazendo com que a pessoa seja levada a prestar culto a uma divindade. O termo adoração geralmente se refere a atos específicos de devoção ou honra religiosos, tipicamente direcionados a um ser sobrenatural podendo ser um deus ou uma divindade, o estudo destas práticas ou tradições corresponde à teologia.
A adoração religiosa pode ser feita individualmente, em grupos informais ou como parte de um serviço organizado com um líder designado (como em uma igreja, sinagoga, templo ou mosteiro). Em outros termos, a adoração pode significar apoio ou respeito, quando direcionada a membros de classes sociais mais elevadas (tais como reis, imperadores ou monarcas) ou para uma pessoa estimada (tal como um amante).
Nas línguas bíblicas o sentido do termo adoração é chegar-se a Deus de modo reverente, submisso e agradecido, a fim de glorificá-lo. Adorar é um ato de total rendição, gratidão e exaltação jubilosa a Deus. É o Espírito Santo que habilita o crente a adorar com profundidade e temor a Deus.
Adorar é uma experiência interior e particular, em que o crente glorifica ao Senhor pela grande salvação recebida em Cristo. Adorar é um serviço dirigido a Deus quanto à permanência em Deus por meio de Cristo – Cabeça da Igreja. O verdadeiro adorador não apenas serve, mas permanece em Cristo.
No salmo 95.1; 2 ; o salmista convida “VINDE, cantemos ao Senhor; jubilemos à rocha da nossa salvação. Apresentemo-nos ante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos.”
A.W.Tozer diz que: “Nenhuma adoração é totalmente agradável a Deus enquanto houver em mim algo desagradável a Deus.”  
A verdadeira adoração não se limita ao que fazemos na igreja ou em adoração aberta (embora sejam coisas boas e que a Bíblia nos encoraja a fazer). A verdadeira adoração é o reconhecimento de Deus e todo o Seu poder e glória em tudo o que fazemos. A forma mais elevada de louvor e adoração é a obediência a Ele e à Sua Palavra. Para fazer isso, devemos conhecer a Deus; não podemos ser ignorantes dEle (Atos 17:23). A adoração serve para glorificar e exaltar a Deus - para mostrar a nossa lealdade e admiração ao nosso Pai.
O salmista passa a apresentar algumas razões que devem levar-nos a adorar a Deus. 

1- Ele é o Deus verdadeiro
“Sabei que o Senhor é Deus”. O Deus descrito na bíblia é o Deus verdadeiro, totalmente contrastado com os ídolos dos pagãos, que nada mais são do que a invenção das suas imaginações corruptas e a glorificação das suas próprias concupiscências – tudo isso com a ajuda da inspiração demoníaca. A tragédia da historia humana é que, embora Deus tenha criado o homem à imagem d’Ele, os homens ingratos têm preferido fazer deuses segundo a imagem deles.
Desde Sião, excelência de formosura, resplandece Deus. Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta” (vv.2-3).
A verdadeira adoração sempre inclui e exprime a grandeza e a glória de Deus. Isso pode ser observado nas ocasiões em que Deus revelou-se aos homens de forma direta, em uma teofania. Quando o Senhor encontrou-se com Moisés, lemos: Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus” (Êx 3.6). Isaías clama: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5). Elias“envolveu o rosto no seu manto” (1 Rs 19.13). Paulo caiu por terra e “tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça?” (At 9.6, Almeida Revista e Corrigida). Vemos, portanto, que a adoração verdadeira sempre tem a Deus como objeto, o que condiciona Seus adoradores a um legítimo temor diante da Sua santidade e a um estilo de vida santificado.  

2 - Ele é o Criador
O primeiro versículo da Bíblia estabelece a base de tudo que vem depois: "No princípio criou Deus os céus e a terra". O mesmo capítulo afirma especificamente que Deus criou o homem (Gênesis 1:26-27). A criação é o princípio da revelação de Deus aos homens. Salmo 19:1 diz: "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos." Esta evidência é tão forte que Paulo considerou indesculpáveis os homens que rejeitam a existência e a soberania de Deus: "Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis" (Romanos 1:20). Muitas outras passagens falam sobre a posição de Deus como Criador. Todas as provas da natureza e da palavra escrita afirmam que Deus nos criou. 
Foi ele quem nos fez e dele somos, ou foi Ele que nos fez e não nós. É muito justo que a criatura reverencie o Criador. Alguns vivem como se estivessem criados a si, os homens que se fizeram na vida, e quase chegam a prestar culto divino a este suposto criador que é seu próprio eu. Como cristão, porém, você reconhece que Deus, e somente Deus, é a fonte única de tudo que você é ou possui. Você tem que abrir mão de qualquer honra ou gloria para sua própria pessoa – isto é uma parte essencial do culto prestado a Deus, tão essencial quanto à glorificação a Ele.
NÃO a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade. (Salmo 115.1)
“A gravidade explica os movimentos dos planetas, mas não pode explicar quem colocou os planetas em movimento. Deus governa todas as coisas e sabe tudo que é ou que pode ser feito.” (Isaac Newton)        

3-Ele é o nosso Pastor
Deus não somente nos criou, como também nos preserva , sustenta e fortalece.O Deus da bíblia é o Bom Pastor que nos guia, nos alimenta e nós da repouso. Somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio. Vivemos debaixo do Seu governo sábio,santo,e poderoso.
Deus é nosso Pastor pessoal – “O Senhor é meu pastor”, uma longa experiência de confiança em Deus jaz por trás dessas palavras. O rico relacionamento de Israel como um todo é tomado como realização individual. O quadro de um pastor fiel é a epítome do termo cuidado e continua vigilância. A ovelha instintivamente confia no pastor quanto às necessidades do dia seguinte. O aspecto mais provável desta metáfora extensiva é a orientação sábia do pastor. Ele conduz ao descanso e à restauração, pelas lutas da vida e através de lugares perigosos. O pastor cuida das necessidades da vida e afasta o temor do perigo.
Quando permitimos que Deus,o nosso Pastor, guie-nos , alcançamos satisfação.Porém, quando escolhemos pecar e seguir nosso caminho, não podemos culpar o Senhor pelo que fizemos a nós mesmos. Nosso pastor conhece os pastos verdejantes e as águas tranqüilas que nos trarão refrigério. Só alcançaremos estes lugares, seguindo-o obedientemente. Rebelar-se contra a liderança do Pastor é realmente voltar-se contra nossos melhores interesses. Devemos lembrar-nos disto da próxima vez que nos sentirmos tentados a seguir nosso caminho, em vez de seguir o caminho do Pastor.
“És grande, Senhor, e digno de todo o louvor [...]. Fizeste-nos para Ti e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Ti” (Santo Agostinho)    

4 – Ele é bom
Porque o Senhor é bom, a sua misericórdia dura para sempre. Deus é o valor supremo do universo inteiro; tudo quanto é bom, certo, virtuoso, belo e digno tem n’Ele a sua origem. Em seus atos de culto e adoração você reconhece isto. Se você não tem nenhuma palavra de louvor por aquilo que é bom, é sinal da falta de bondade em sua própria vida.
  A bondade de Deus permanece continuamente' (Salmo 52:1). A 'bondade' de Deus tem que ver com a perfeição da Sua natureza: '... Deus é luz, e não há nele trevas nenhuma' (1 João 1:5). Há uma tão absoluta perfeição na natureza e no ser de Deus que nada Lhe falta, nada nEle é defeituoso, e nada se Lhe pode acrescentar para melhorá-lO. 'Ele é essencialmente bom, bom em Si próprio, o que nada mais é; pois todas as criaturas só são boas pela participação e comunicação da parte de Deus. Ele é essencialmente bom; não somente bom, mas é a própria bondade: na criatura, a bondade é uma qualidade acrescentada; em Deus, é Sua essência. Ele é infinitamente bom; na criatura a bondade é uma gota apenas, mas em Deus há um oceano infinito ou um infinito ajuntamento de bondade. Ele é eterna e imutavelmente bom, porquanto Ele não pode ser menos bom do que é; como não se pode fazer nenhum acréscimo a Ele, assim também não se Lhe pode fazer nenhuma subtração' (Thomas Manton). Deus é summum bonum, o Sumo Bem.
O significado saxônico original do vocábulo inglês. 'God' (Deus) é 'The Good'  (O Bom ou O Bem). Deus não é somente o maior de todos os seres, mas omelhor. Toda a bondade existente em qualquer criatura foi-lhe infundida pelo Criador, mas a bondade de Deus não é derivada, pois é a essência da Sua natureza eterna. Como Deus é infinito em poder desde toda a eternidade, desde antes de ter havido alguma demonstração desse poder, ou antes de ter sido executado algum ato de onipotência, assim Ele era eternamente bom, antes de haver qualquer comunicação da Sua generosidade, ou antes de haver qualquer criatura à qual essa generosidade pudesse ser infundida ou exercida. Portanto, a primeira manifestação desta perfeição divina consistiu em dar existência a todas as coisas. 'Tu és bom e abençoador...', ou, na versão utilizada pelo autor: 'Tu és bom, e fazes o bem...” (Salmo 119:68). Deus tem em Si mesmo um infinito e inexaurível tesouro de todas as bênçãos, capaz de encher todas as coisas.

5- Ele é misericordioso
A sua misericórdia dura para sempre. A justiça de é fria e sem sentimento; Sua misericórdia se estende a todos aqueles que nada têm para alegar senão sua total dependência do perdão e da bondade d’Ele.
Nenhum homem merece a misericórdia de Deus. Nenhum homem pode reclamar a misericórdia de Deus por mérito. As Escrituras concluem: “... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3:23).
O homem não tinha esperança de nada além da culpa do pecado. Ele era impotente para livrar-se do pecado porque não podia resistir às tentações do diabo. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Romanos 5:8-9). É-nos dito que, sob a nova aliança,“... para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Hebreus 8:12). Agradeçamos a Deus por sua misericórdia. Mas lembremo-nos que ainda que agora tenhamos esperança através de sua misericórdia em Cristo, ainda podemos pecar. A misericórdia de Deus não é incondicional. Assim como mostrou misericórdia a Israel e depois tirou-a, por causa da desobediência, ele nos promete o mesmo. Conhecendo a misericórdia de Deus, bem como nossa fraqueza da carne, advertimos a todos: “... guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna” (Judas 1:21), e a que “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).
6- Ele é fiel
De geração em geração a sua fidelidade. Deus não é como o se humano volúvel, que promete uma coisa em certa ocasião, e depois se esquece. Deus é o mesmo que era no passado, e continuará o mesmo. Um Deus mutável nos deixaria sem âncora firme neste mundo. Não teríamos base nem no começo da vida espiritual se não tivéssemos em primeiro lugar a certeza de nossa salvação.
 A fidelidade é um dos atributos de maior conforto e doçura. A fidelidade pertence a Deus; a inconstância caracteriza o homem pecador. A fidelidade de Deus é uma verdade prática ao crente. É travesseiro para a cabeça cansada, estímulo ao coração que desfalece e apoio para os joelhos fracos. Em todas as exigências da vida, podemos contar asseguradamente com Ele. Ele nunca decepcionará a alma que confia. Sua fidelidade nunca falhará. A fidelidade de Deus, juntamente com Seu imenso poder é nossa esperança eterna. Os homens nos decepcionam por falta de fidelidade ou poder. Mas podemos olhar além das ruínas causadas pela infidelidade dos homens, e avistarmos Um que é grande em fidelidade. Podemos ficar certos que "Porque fiel é o que prometeu". Hebreus 10:23.
Infidelidade é uma das características que se sobressai nestes dias maus. Quem nunca sofreu nas mãos de homens infiéis? E, onde está o homem que de uma maneira ou outra, não seja culpado deste pecado? No mundo econômico quase todas as falhas são resultado de devedores ou empregados infiéis. No setor social, a infidelidade conjugal tem se tornado um terrível mal. Os sagrados laços do matrimônio são rompidos com a facilidade de quem joga fora roupas velhas. No mundo político, as promessas antes das eleições são quebradas com a mesma facilidade com que foram feitas. Nas negociações internacionais, os acordos são considerados como simples folhas de papel. E no setor religioso, a infidelidade é tão notável quanto em qualquer outro setor. Multidões que professam crer na Bíblia ignoram grandes porções dela, pronunciando outras partes como antiquadas, e com explicações tentam desfazer o que está escrito.


Todos juntos o louvemos grande Salvador e Redentor

Pr. Marcos Serafim

Notas:
Pearlman,Myer – Salmos Ouro para te enriquecer
Comentário Bíblico de Moody
www.gotquestions.org
http://www.chamada.com.br/mensagens/adoracao.html
http://www.estudosdabiblia.net/200011.htm
http://www.preciosasemente.com.br

http://www.palavraprudente.com.br